Estou quase a terminar o Braço Tatuado, do Cristóvão de Aguiar, que é sobre a experiência pessoal do autor com a Guerra Colonial, e é difícil de ler sem pensar na razão de ser de tudo o que acontece. Ainda por cima, ontem comecei também a ver uma série francesa sobre a Primeira Grande Geurra Mundial na Netflix. E claro que estamos em guerra.
As últimas páginas do Braço Tatuado são as mais difíceis de ler para mim: os efeitos de uma guerra que para muitos não aconteceu, para outros aconteceu e acabou, mas para muitos continuou indefinidamente. Se as guerras fossem aleatórias haveria algum conforto porque saberíamos que aconteciam, mas sem haver razão. Só que não são aleatórias, há razões que as justificam, não moralmente, mas existencialmente. Que raio de espécie se sujeita a viver assim, pergunto-me.
Acho que é quase tudo aleatório; de cada vez que ouço um "isto acontece por uma razão", franzo logo o sobrolho... Não é bem esse exacto tópico mas ajuda ler o The Black Swan do Nassim Taleb ou o When Genius Failed: The Rise and Fall of Long-Term Capital Management e pensarmos que sistema caóticos são na verdade impossíveis de prever consistentemente
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