É mesmo entretenimento, dado que a história é ficionalizada, apesar de ter algumas partes que são baseadas em factos históricos e as personagens serem baseadas em pessoas reais, mas as relações entre elas serem ficionalizadas. A Netflix disponibilizou um pequeno documentário sobre a produção da série que vale a pena ver também.
Alguns pontos interessantes é que a série critica as grandes potências de então e faz alguma equivalência com o que se passa actualmente em termos de política de refugiados na Europa e no mundo. Depois eu não conhecia a história de Varian Fry, nem de Mary Jayne Gold, mas já estive a ver uma entrevista dela para a história oral do U.S. Holocaust Memorial Museum e fiquei mais educada acerca do assunto.
Finalmente, Lisboa e Portugal saem com uma reputação bastante boa, dado que Portugal não só não é criticado, como é visto como um porto seguro numa altura bastante conturbada da história mundial. Claro que nós portugueses sabemos a verdade de que o regime tinha bastante simpatia para com os alemães. Que o diga a família de Aristide de Sousa Mendes, cuja história daria uma óptima série da Netflix, apesar de já existir um filme menor sobre o assunto. Estima-se que Aristides de Sousa Mendes tenha salvado umas 30 mil almas. Varian Fry salvou cerca de 2000 e Oskar Schindler, cuja história inspirou o filme do Spielberg, umas 1300. Parece que o tratamento cinematográfico é inversamente proporcional ao número de sobreviventes.
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