Se, nos EUA, o objectivo é eliminar Trump, a estratégia que tem maior probabilidade de o eliminar é votar em Nikki Haley porque é mais fácil eliminá-lo nas primárias, quando menos gente vota, do que nas eleições de Novembro. Que haja pessoas que desperdicem o seu voto em Biden quando ele já tem vitória garantida é irracional e contra-produtivo.
Em Portugal, se o objectivo é minimizar o risco do Chega ir para o governo, então faria sentido a malta de Esquerda votar na AD porque é o partido que, segundo as sondagens, tem mais facilidade em chegar a uma maioria. Só que há pessoal de Esquerda que acha que fica com a consciência tranquila votando nos partidos minoritários da Esquerda, o que não adianta absolutamente nada para criar uma maioria de Esquerda e não reduz o risco do Chega.
Carregar probabilidades na definição de "voto útil" fez-me lembrar factos como o seguinte.
ResponderEliminarUm político profissional que, em matéria económica, não deve ter sido Bom, porque, durante os anos 60 do século XX publicou um livro no qual afirmou que o capitalismo estava em decomposição [tem-se notado, não tem?] fez uma afirmação singular perante a primeira maioria absoluta de Cavaco Silva e
cito de memória a sua resposta à pergunta de um jornalista perplexo:
"Existiu transferência directa de votos do PCP para o PSD no Alentejo?
- "Tenho a certeza de que isso aconteceu." [E mudou de assunto.]
Ajuda:
Estes eleitores, muitos deles quase analfabetos, queriam evitar que o PS voltasse a ganhar-lhes e foi por isso que, intutivamente, mostraram perceber o que são probabilidades condicionais como as que acima sugeriu.
Ups...