Em Março de 2011, Passos Coelho comunicou ao país que o
PSD votaria contra o chamado PEC 4, provocando assim a queda do governo de má memória de
Sócrates. Razões invocadas? Primeira, os portugueses não aguentavam mais
impostos e cortes cegos na despesa pública; segunda, Sócrates teria apresentado
em Bruxelas o famoso pacote de austeridade nas costas do PSD, o que na altura desencadeou uma grande indignação geral. A primeira objeção já nem merece
comentários. A segunda, além de se ter provado posteriormente ser falsa, revelou-se
hipócrita. Durão Barroso fez o favor de nos comunicar que a Comissão europeia apoia
as novas medidas apresentadas pelo governo, que ninguém, fora do inner circle
do primeiro-ministro, conhece ainda em Portugal – se calhar, nem o presidente
da República.
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