É por isso que, para além do culto que a obra de Eça legitimamente merece, por mérito próprio e grandeza genuína, se deve reconhecer, para sermos justos, que muita da admiração totalitária que Eça desencadeia nasce porventura duma espécie de preguiça e lentidão em entender, ainda nos nossos dias, a linguagem diferente daqueles que lhe sucederam. O que não parece vir a propósito, embora venha. Como um dia veremos. -- Texto de Lídia Jorge que saiu no exame de Português.Pelo que percebo da notícia,os especialistas não concordam sobre se "Como um dia veremos" é um “acto ilocutório assertivo” ou um “acto ilocutório compromissivo”. Foda-se..., ainda dizem que matemática é difícil.
PS Onde é que a Lídia Jorge tinha a cabeça para rematar este parágrado com um "acto ilocutório".
PPS Não se deve dizer nem escrever:...para além; além basta, porque já contém o "para"!
Os grandes escritores também escrevem e dizem asneiras. O pior é que o erro crasso saiu num ponto de exame de Português... Registe-se. (Este Post-Post-Scriptum é da lavra de Cristóvão de Aguiar.)
Esta "coisa", a TLEBS, que decidiram inventar e introduzir no ensino do Português só pode ter como objectivo fazer os alunos odiar o estudo da sua língua. Conheces um texto muito bem escrito da Teolinda Gersão sobre isto?
ResponderEliminarNão. Está disponível online?
EliminarQue raio. Gostei muito do texto, mas o parêntesis final é de muito mau gosto.
ResponderEliminarÉ, esse parênteses era completamente escusado. Mas o texto é muito bom e denuncia completamente o disparate que os nossos especialistas da linguística / gramática / whatever andam a fazer nas escolas. Esta nova gramática é absolutamente impossível e eu diria também que inútil (além de que é esquecida, com grande alívio,
ResponderEliminarmal se termina o exame de Português do 12º ano, a avaliar pelo exemplo cá de casa).
Fod**se, eu nem me considero um tipo muito estúpido, mas acho que desconheço o significado de 90% das palavras que ela usa como exemplos durante o texo...
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