terça-feira, 17 de junho de 2014

As nossas cores são feias mas são nossas.

A Lauríssima tem acompanhado os jogos da Copa comigo. Segue uma estratégia simples para maximizar a sua utilidade e que consiste em adaptar a sua função de utilidade às circunstâncias. Por exemplo, começou o jogo de Espanha com a Holanda a apoiar a Espanha (penso que por ter uma amiga com mãe espanhola) mas ao terceiro golo da Holanda passou a ser uma fervorosa adepta da laranja mecânica.

Ontem, quando a fui buscar ao colégio, sou surpreendido com as cores de Portugal estampadas na sua cara. No caminho para casa expliquei-lhe que contra a Alemanha muito provavelmente íamos perder, mas que, como era Portugal, ela não podia apoiar os vencedores. Expliquei-lhe que fosse qual fosse o resultado teria de estar sempre do lado português e não ver nisso qualquer embaraço.

Para me mostrar que percebeu, disse-me:
― Papá, eu só mudo de equipa quando não é Portugal. Com Portugal, mesmo que estejamos a perder por dois, continuo a apoiar Portugal.

Não contente com esta afirmação de patriotismo, acrescenta:
― Mesmo que esteja a perder por três, continuo a ser por Portugal

E antes de chegar a casa ainda vai a tempo de dizer:
― Mesmo a perder por quatro, Portugal é o melhor.

Felizmente, não teve tempo para mais prognósticos. Mas, no fim, é isto mesmo. A única coisa a fazer é levantarmos a cabeça e ir para cima dos americanos e dos ganeses com o que temos.

Se chegarmos aos oitavos, uma nova etapa começa e todos voltamos a estar em igualdade de circunstâncias. Se não chegarmos, paciência. Objectivamente, isto só tem a importância que lhe dermos e só faz sentido dar-lhe importância se ganharmos.

2 comentários:

  1. Temos de ir para cima dos americanos with resolution e dos ganeses com gana! E mandar o Paulo Bento e o Pepe regressar a Portugal.

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  2. As minhas netas! Que maravilha ter netas assim.

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