quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Uma revista científica não é um blogue ou sobre a importância de ter as pessoas certas a liderar as instituições

Grande e corajosa decisão de José Luís Cardoso, que recentemente se tornou director do ICS.
A ser verdade o que é relatado na notícia, tudo se resume a isto:
A Análise Social não é um blogue, nem é uma revista de difusão de textos de opinião não fundamentados.
A decisão fácil seria deixar passar este número da Análise Social e depois substituir o seu corpo editorial. José Luís Cardoso terá intuído que era a reputação da revista Análise Social enquanto revista académica séria que estaria em causa.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O dia da raça

O Presidente da República considerou que o hipismo é uma nova área-chave para o desenvolvimento da economia nacional e, na visita a um centro de equitação, manifestou preocupação sobre os níveis de procriação dos cavalos lusitanos.

Finalmente percebi. Quando Cavaco se manifesta preocupado com a baixa natalidade lusitana está a pensar no garanhão lusitano.

Lembram-se de há uns anos Cavaco Silva ter celebrado o 10 de Junho como o “Dia da raça”? Cavaco continua coerente. A ideia era celebrar o dia da raça lusitana, ou seja o garanhão lusitano. O objectivo era o estimular o desenvolvimento nacional.

Dar à costa

Ontem, num comentário no Facebook, escrevi a pretexto das próximas eleições que era seguro que eu não votaria no PSD/CDS.
Depois dei-me conta de que voltei a usar o adjectivo 'seguro' sem qualquer segundo sentido, não havendo perigo de pensarem que era um trocadilho com o substantivo próprio.
É o regresso à normalidade das palavras.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Implosão de edifícios

Ao contrário do que alguns parecem pensar, implodir um grande edifício exige muito cuidado e um planeamento meticuloso e caso a caso. Pequenos detalhes fazem toda a diferença e dois edifícios aparentemente iguais podem reagir de forma muito diferente à mesma disposição de explosivos.

Por mais cuidadoso e meticuloso que seja o planeamento, há sempre o risco da pegada da implosão ir muito além do perímetro do edifício. Milhares de toneladas de metal pedra e cimento em queda são sempre imprevisíveis. Por isso, o perímetro de segurança tem de ir muito além do perímetro do edifício.

Enfim, isto tudo para dizer que implodir o Ministério da Educação até pode ser um programa aceitável para um governo. Mas é para ser feito com planeamento pormenorizado e com um plano adequado para todas as contingências. Entregar a coordenação dessa implosão a um incendiário só pode dar merda.

Foda-se, a cratinice é um vírus que se pega.

O governo rebenta com os tribunais e depois esta besta convida os portugueses a processar o Ministério da Educação.