domingo, 1 de março de 2015

Que filme...

Aqui há uns meses, decidi que me ia inscrever no Netflix para não ficar totalmente à margem da cinematografia. Como não tenho leitor de DVDs, a não ser no computador, só vejo filmes digitais no iPad. Obviamente que sou preguiçosa, pois não custa muito arranjar um leitor de DVDs e ligar aquilo à TV, que eu ligo para aí duas vezes por ano. A app da Netflix no iPad não é nada de especial, é muito má até, e o catálogo de filmes é muito limitado. Por exemplo, não tem "The Dreamers" do Bertolucci, que é um dos meus filmes preferidos. Filmes de David Lynch não há, mas isso é por culpa dele.

Quando decido ver um filme, tenho sempre imensa dificuldade em encontrar alguma coisa que me agrade porque eu estou farta dos filmes de Hollywood. Normalmente vejo filmes estrangeiros ou independentes. A certa altura, o algoritmo do Netflix decidiu que eu gosto de filmes com muito sexo, especialmente lésbicos. A parte do sexo não me incomoda muito, se bem que se for um filme só de sexo pode limitar bastante o enredo, mas não percebo porque é que tem de ser filmes lésbicos. Porque é que não sugerem mais filmes com homossexualidade masculina ou filmes heterossexuais? Mas o que eu gostava mesmo era de filmes interessantes, com ou sem sexo. E nem há filmes portugueses para eu lá ver. Porque é que os nossos políticos quando mandaram emigrar as pessoas, não mandaram também alguém criar um serviço de vídeo na Internet para os portugueses no estrangeiro poderem consumir filmes portugueses? Ou será que há um e eu ainda não conheço?

A propósito de sexo, um dos meus filmes preferidos é "Sex, Lies, and Videotape". Gosto tanto que eu, quando estava em Portugal, às vezes, via-o muitas vezes, para aí uma por semana durante vários meses seguidos. A minha irmã até implicava comigo de eu só ver aquilo. Há outro filme que eu sou capaz de ver duas e três vezes seguidas e era o que eu fazia quando estava a tirar o doutoramento e ficava com a neura. É o "Legally Blonde", que até é um filme de Hollywood. Há uma cena neste filme que é o máximo: quando ela se veste de Playboy Bunny e vai à festa e se encontra com o ex-namorado. Quando a Elle diz "I'm never gonna be good enough for you, am I?" eu farto-me de rir. De repente, dá-se uma viragem total na moça e ela diz: "I'll show you how valuable Elle Woods can be!"

E é isso! Só nos falta aquele momento em que nós, com rabo de coelhinha(o) ou não--e estamos quase na Páscoa!--, decidimos demonstrar o quão valiosa(o)s somos...

1 comentário:

  1. Isto talvez te vá ajudar.
    http://observador.pt/2015/03/04/ha-uma-app-portuguesa-que-sabe-o-que-quer-ver-ou-ouvir/

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