Ai Google, Google...

Quando eu comecei a escrever para o Destreza das Dúvidas entusiasmei-me com as estatísticas do portal dos autores do blogue. O Luís disse-me para eu não ligar, que não eram representativas. Eu percebo esta coisa de representatividade, mas eu gosto de números--não há cura. Então ando sempre a ver aquilo porque é um incentivo que eu tenho para não desistir de escrever. E, como economista, eu tenho de vos confessar que faço auto-análise e sei quais os incentivos que são eficazes na luta contra a minha preguicite aguda: são as contagens do número de visualizações da página durante o dia.

Como devem saber, eu estou nos EUA e tenho cerca de seis horas de atraso em relação a Portugal a maior parte do ano; há umas semanas em que apenas há cinco horas de atraso. Isto porque, aqui há uns anos, o Congresso americano decidiu que ia antecipar a mudança de hora na Primavera e atrasá-la no Outono. Esta foi uma das medidas que eles acharam ideais para combater a crise financeira. Eu não vos estou a enganar, meus caros. Isto é tudo verídico. A razão para esta coisa é que, em 1973, em resposta à crise do petróleo, os EUA anteciparam o Daylight Savings (mudança de hora) e houve um grande efeito no número de barris de petróleo consumidos, i.e., poupou-se energia. Então, em 2007, com o preço do petróleo a níveis astronómicos e toda a gente a prever que o barril de petróleo iria ultrapassar os $200 inevitavelmente, o Congresso achou que antecipar a hora outra vez era a solução. Eu adoro o Congresso americano, está cheio de pessoas muito (pouco) sensatas!!!

Bem, mas tudo isto para vos dizer que o Google acha que eu ainda estou a cinco horas de diferença de vós e só me muda a hora das estatísticas diárias às 17 horas de Houston, que é uma da manhã em Lisboa. Ayyy caramelo...

Por falar em uma da manhã, tomem lá isto que é Doce (era a minha banda preferida na escola primária):