Estou à espera do bacon

Eram 5:52 AM quando me levantei, há seis minutos. Estava com insónia, logo fui ao Facebook e meti-me a ler notícias. A primeira foi uma entrevista do Eduardo Sá ao i. Concordo com muito do que ele diz. Depois, li a crónica da Helena Matos no Observador. E foi aí que saltei da cama, sem sequer terminar, porque fiquei perturbada. E pensei que era melhor ir preparar bacon para o pequeno-almoço.

Vou dizer-vos uma coisa: eu sou básica, não percebo metade do que as pessoas dizem. Quem me conhece, sabe bem que eu digo "Não percebi" muitas vezes. Mas não me chateio porque as pessoas também não percebem metade do que eu digo, logo parece-me haver equilíbrio no universo e há um incentivo para eu melhorar a minha pessoa. No entanto, não consigo ultrapassar a minha fixação com esta frase.

"Quererem convencer-me que resulta do acaso estar Sampaio da Nóvoa a ser dado como possível candidato presidencial do PS é quase impossível."

Helena Matos

Cada vez que a leio, penso "What the fuck does this mean?" Não percebi. Acho que a impossibilidade é gramática, mas eu sou (orgulhosamente) básica. É por isso que tento escrever com frases curtas...

Depois vem o tipo de críticas: parece que dar um rumo diferente à nossa história é mau. Dado que o rumo actual de Portugal leva-nos a um futuro que é bem pior do que o nosso passado, eu acho bom que se arranje outro rumo. Quem ainda não tem essa noção não conhece Portugal. Ou acham que a Ministra das Finanças mandou os portugueses multiplicar-se apenas porque ela se preocupa com o rácio de orgasmos per capita dos contribuintes? Não percebo por que razão é que é mau que haja um candidato à presidência que queria discutir rumos alternativos para o país--e note-se que ele nem teria poder executivo--, antes de se votar no dito candidato. Isto é mau porquê, exactamente?

P.S. Pois, queimei a merda do bacon...