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sábado, 16 de maio de 2015
A minha citação preferida
Há uma frase de Bento Jesus Caraça de que gosto muito. Diz assim: "Se não receio o erro, é porque estou sempre pronto a corrigi-lo". Decora a entrada do edifício da Miguel Lupi do ISEG e ilustra, na minha opinião, o verdadeiro sentido da humildade: estar pronto a assumir o erro e a rectificá-lo. O dicionário diz que há outros significados; humildade define-se, igualmente, como demonstração de submissão ou sentimento de inferioridade. Infelizmente, em Portugal, são estas duas acepções as que dominam. O humilde tem de se sentir inferior e, logo, recear o erro. Dar-lhe oportunidade é ser arrogante e sobranceiro. E, assim, a virtude obriga à passividade.
Fico um bocado chateada quando erro por descuido, mas não me importo nada de errar por ignorância; pelo contrário, errando, aprendo a seguir. Até é engraçado porque num dos meus empregos, uma colega minha estava sempre reticente em criticar o meu trabalho (apontar erros e sugerir melhorias) porque quando ela criticava o trabalho dos outros eles ficavam mal-dispostos. Tive de a pôr à vontade porque eu sou exactamente ao contrário: gosto que digam logo onde está o erro para eu corrigir e partir para outra. O que não gosto é da necessidade de algumas pessoas de humilhar os outros quando lhes apanham erros. Isso já acho um bocado doentio.
ResponderEliminarE eu adoro quando me corriges a gramática, Sara! Obrigada por tomares conta de mim...
B J Caraça é um exemplo maior de inteligência humilde.
ResponderEliminarCaracterísticas que assistem, ou deveriam assistir, aos que se dedicam à ciência mas que não são atributos com que, por exemplo, os políticos saibam (ou possam?) lidar.
Se um político cita e abraça um crápula e o qualifica de empresário exemplar, como é que recua se viesse a reconhecer que tinha dito uma barbaridade?
Coisas destas, com outras configurações menos chocantes, acontecem a toda a hora na vida política.