Esta semana houve duas histórias de violência entre
adolescentes que chocaram os portugueses. Convém sublinhar que as histórias não
têm nada a ver uma com a outra. O caso de Salvaterra de Magos é um daqueles
exemplos de “mal radical”, cuja
natureza continua tão pouco conhecida por nós. Isto não impediu que
hordas de comentadores e psicólogos misturassem tudo e chamassem a atenção para
o famigerado “contexto”. Pedro Santos Guerreiro, geralmente moderado e lúcido
nos seus comentários no “Expresso”, chegou ao cúmulo da idiotia e associou estes
casos à austeridade e à troika (palavra de honra). Esta gente nasceu ontem. No
meu último post, escrevi que o mundo sempre foi cruel. Basta saber um bocadito
de história para chegar a essa conclusão. Como é sabido, hoje, a novidade
reside em que a televisão e a internet exibem, à vista de toda a gente, o
espectáculo dos massacres, das catástrofes naturais e dos sofrimentos.
Em relação à violência nas escolas, a solução não
passa por contratar mais psicólogos ou auxiliares, como às vezes se sugere. A solução passa por
contratar seguranças com cabedal e regras claras. Isto, que qualquer pessoa com bom senso
percebe, não entra, infelizmente, na cabeça dos génios que nos pastoreiam.
Convém notar que nenhum dos casos da semana passada tem, diretamente, ver com violência nas escolas.
ResponderEliminarDirectamente, não. Mas nas notícias apareceu tudo misturado e aproveitou-se a ocasião para chamar a atenção para o problema da violência nas escolas.
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