Diz um ditado que um “grande homem” nunca
é um herói para o seu criado de quarto ou a para a sua secretária privada. Há
alguma verdade nesta ideia. Enquanto o comum dos mortais conhece apenas a
personagem fictícia, a construção fabricada para consumo público, a secretária
privada sabe que, afinal, o "grande homem" é muito parecido
com o resto da humanidade nas suas fraquezas, inseguranças, hesitações, medos e cobardias - é claro que muitas vezes até as secretárias se deixam levar pela ficção.
Passos Coelho achou boa ideia dar uns pozinhos de
humanidade à sua personagem pública e deu carta-branca a uma secretária
qualquer, perdão, assessora para escrever uma biografia. O exercício foi contraproducente, como não podia deixar de ser. E foi mais uma demonstração de amadorismo, o que é imperdoável para um primeiro-ministro em final de mandato.
Com tanta gente de letras desempregada, porquê sobrecarregar a secretária? Será que se trabalha assim tão pouco a governar Portugal?
ResponderEliminarQuer dizer, em bom rigor, acho que foi uma assessora, que é uma coisa mais chique
EliminarPelo menos não seria o que no Brasil se chama uma Aspone (Assessora de Porra Nenhuma). Era a Asconfa (Assessora dos Contos de Fadas).
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