terça-feira, 23 de junho de 2015

O acordo que unifica a língua

Esta merda é extraordinária. Lê-se e não se acredita. Numa reunião da CPLP a acta final foi escrita simultaneamente em duas grafias diferentes. Isto porque Angola e Moçambique se recusaram a assinar uma "Ata". O Acordo Ortográfica que ia unificar a língua portuguesa deu nisto. Brilhante resultado.

O mais interessante disto é que quem é a favor do AO (tipicamente com o argumento de que é necessário unificar a língua) vai achar que isto é totalmente irrelevante. É normal que assim seja, quando uma política tem um dado objectivo, o que interessa é a bondade desse objectivo e não se esse objectivo é atingido ou não.

6 comentários:

  1. Isto é a prova mais do que suficiente de que o país é mal governado. Senão, a situação já teria sido resolvida há muito tempo e alguém já teria admitido que tinha sido um erro passar o AO90. Mas é melhor continuar a tapar o sol com a peneira e fazer de conta que vivemos num mundo perfeito. Se não se admitir os erros, eles não existem, não é?

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  2. Por engano apaguei este comentário que publico agora:

    "Absolutamente incrível. A maior prova da asneira que estão a fazer." -- Zu

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  3. (Nota: comentário com dupla grafia)
    Eu não vejo isso assim. Eu olho para isto com a beleza da multiculturalidade e da multiplicidade de expressão. Com a possibilidade de escritas plurais, de riquezas semânticas inexploradas.
    Eu num beijo iço acim, Eu olhu pra izto kom a belesa do mix e da multiplissidade de eispreção. Com a pociblidade descritas pluráis, de riquesaxemânticas eneispluradas.

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  4. Já desisti de explicar isto ao Nico. Nem eu própria entendo como é possível serem tantas as vozes de discordância e, mesmo assim, o AO ser implementado. Isto deprime-me.

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