O governo tenciona alocar 5% do capital da empresa aos sindicatos. Não sei se 5%, por si só, é suficiente para incentivar os sindicatos a portarem-se bem. Mas eu acho que seria bom que houvesse uma cláusula associada aos 5% pela qual os sindicatos assumem a responsabilidade de todas as perdas provenientes de greves--não sei se isso é legalmente possível, mas a Constituição da República Portuguesa tem mecanismos para lidar com impossibilidades constitucionais.
Para além disso, acho que o estado português deveria ter um plano para desmantelar a empresa caso este negócio falhe. Têm de haver consequências reais conhecidas antecipadamente, pelas quais todas as partes interessadas sofrem perdas em caso de falhanço. No caso de a TAP voltar a falhar, então, antes do falhanço, que se usem todas as ferramentas ao dispôr do estado para proteger o erário público e evitar o falhanço.
Os incentivos do estado, trabalhadores, e gerência da TAP têm de estar todos alinhados. Os contribuintes portugueses têm de ser protegidos de risco moral.
Se calhar o ideal (em termos de alinhamento dos objetivos dentro da empresa) seria uma solução à maneira da United Airlines (pré-2002)
ResponderEliminar