O PSD e o CDS já devem
andar a preparar um guião para a oposição a um governo de esquerda, no qual
devem constar perguntas aos comunistas e neocomunistas do género: “Condenam ou
não os crimes de Estaline com os seus milhões de vítimas?”; “Consideram ou não a Coreia do Norte e Cuba ditaduras implacáveis, que perseguem e matam,
nomeadamente de fome, centenas de milhares ou milhões de pessoas?”; “Dêem lá um
exemplo de um país em que o comunismo tenha gerado paz e prosperidade?”.
Há uma máquina de
propaganda que nos quer convencer de que a esquerda radical já não é o que era.
Estão mais moderados, deixaram-se de fantasias “internacionalistas”, "nacionalizaram-se", libertaram-se da tralha ideológica e só lhes sobrou o seu
amor pelos trabalhadores. Provavelmente, este processo de conversão implica
transfusões de sangue no Largo do Rato, e deve ser por isso que o famigerado
acordo tarda em ver a luz do dia. Infelizmente, sou um céptico nestas matérias,
tenho de ver para crer. E, até ao momento, ainda não vi estes “novíssimos socialistas”
a condenarem os crimes hediondos cometidos por esse mundo fora em nome dos
“amanhãs que cantam”.
É. Em vez de histórias passadas há muito tempo, o PSD e o CDS podem ser confrontados com temas mais actuais, do género: que partidos promoveram o maior aumento de impostos já feito em Portugal? Ou: qual o governo efectuou a maior transferência de rendimentos estáveis, provenientes do fornecimento em mono/oligopólio de serviços básicos à população portuguesa, para os regimes comunistas chinês e angolano?
ResponderEliminarInfelizmente, não são são "histórias passadas há muito tempo". A Coreia do Norte e Cuba são dois exemplos das consequências do comunismo - como sabe, Marx nunca definiu os contornos de uma sociedade comunista, falou na ditadura do proletariado, que devia anteceder o fim do estado e pouco mais e, por consequência, o que conhecemos do comunismo é o que a história e a experiência nos mostram. E, até hoje, nunca vi os comunistas portugueses a criticarem o modelo soviético, chinês ou coreano.
Eliminar