terça-feira, 26 de abril de 2016

25 de Abril: a serventia da liberdade

Censura é ternura, quem é que nunca escondeu dos outros uma má notícia?

2 comentários:

  1. Quem por "aqui" passou já na posse da completa capacidade de análise e raciocínio, teve oportunidade de colocar a si mesmo estas e outras interrogações; estas e outras ponderações e reflexões.
    Das várias memórias e trocas de opiniões em volta do tema, raro ou nunca vem a lume a análise do governo de Marcelo Caetano e das mudanças que este estadista começou a operar no pais e na sociedade. Isto leva-me a pensar se o golpe militar não terá sido o primeiro consenso obtido entre esquerda e direita no nosso país.

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  2. Que curioso: seguindo o link posto por Isidro Dias num comentário a outro post consigo ver este. Mas abrindo a página principal do blog não vejo este post.

    Bartolomeu, toca num aspecto muito interessante e que é realmente esquecido, as mudanças que vinham sendo levadas a cabo por Marcello Caetano. Importa também fazer notar onde é que Marcello Caetano queria efectivamente chegar, porque é que teve que ir tão devagar nas suas intenções, quais as condicionantes que tinha e onde estavam os obstáculos ou, ultimamente, o obstáculo a poder seguir plenamente o seu rumo e a outra velocidade. Refiro-me, claro está, ao Almirante Thomaz e à sua proximidade aos ultras do regime. Convém não esquecer, porém, que Thomaz ir-se-ia embora no final desse ano de 1974 e mais certamente do que não, o ano de 1975 seria um ano de mudanças importantes em Portugal. Penso que a democracia teria chegado a Portugal numa transição à Uruguaia, por exemplo, lenta, faseada, com calma. Seriam dados passos lentos mas seguros, não se teria destruído a economia nacional, não se teria polarizado a sociedade. Enfim, não se teria deitado fora o menino com a água do banho e muitos dissabores com efeitos que perduraram no tempo ter-se-iam evitado se não tivesse havido a abrileirice. Por volta de 1985 penso que Portugal teria efectivamente um regime democrático em funcionamento.

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