segunda-feira, 20 de junho de 2016

Malditos bancos privados

Para a esquerda, a ganância dos banqueiros e os problemas de regulação do sistema financeiro são as principais causas da crise, que começou em 2007 nos EUA e nos acertou em cheio em 2011. Soluções? Mais Estado e mais regulação financeira. Por isso, o que se passa ou passou na Caixa Geral de Depósitos é esclarecedor. Então o banco do Estado também está cheio de calotes (imparidades, como se diz no jargão bancário), vigarices, negócios obscuros e ruinosos, pouca vergonha, incompetência, ganância, amiguismo, compadrio? Pelas várias administrações passaram boys do calibre de um Armando Vara, que percebia tanto de banca e finanças como eu percebo da produção de azeite? Muitos desses boys foram nomeados por governos da dita esquerda? Por Sócrates, esse homem fatal? Meu Deus, como é que isto foi possível? Não pode ser. É do Estado que estamos a falar. Comissões de inquérito? Tenham dó, para quê arranjar mais sarilhos? Sem querer, ainda se encontravam mais alguns esqueletos no armário. Para quê maçar o bom povo com esses arremedos de transparência? O povo já tem chatices que cheguem. Não, as comissões de inquérito são só para os trafulhas do privado. Os trafulhas e incompetentes do público são diferentes? Claro que sim: não podem, nem devem ser escrutinados. Está agora provado e comprovado que a crise nunca nos teria caído em cima da cabeça se a banca fosse toda pública, como deseja ardentemente a esquerda radical. Ou, pelo menos, se caísse, a culpa nunca seria da banca. Malditos bancos privados.

4 comentários:

  1. E, depois, a tal Esquerda que nomeou esses génios financeiros levanta o tecto salarial da CGD porque são todos muito competentes até prova em contrário...

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  2. Tente algo mais elaborado, JCA.
    http://www.tsf.pt/opiniao/interior/a-caixa-simular-a-leste-para-atacar-a-oeste-5236810.html

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  3. Tenhamos calma, não vale amaldiçoar todos os Bancos, deixando de fora os banqueiros, sobretudo os que exerceram e exercem as suas funções em nome do Estado, ou seja em nome do povo contribuinte.
    Julgo que toda a gente concordará que um sistema financeiro a funcionar correctamente é condição necessária para o bem funcionamento da economia e, sobretudo, do desenvolvimento do País.
    Se assim é, e é assim, proceda-se de tal forma que essas instituições sejam geridas pelos melhores e que à frente da Banca Pública sejam postos os mais aptos, os mais competentes, e não apenas os "encostados" aos Partidos.

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