Enquanto o Conselho de Estado francês proíbe
a proibição do burkini, Nicolas Sarkozy, candidato assumido às presidenciais de
2017, defende a sua proibição em toda a França. Motivos? Preocupação com os
direitos e liberdades das mulheres muçulmanas? Não, nada disso. Os argumentos do candidato conservador para ver as mulheres muçulmanas mais despidas na praia são
outros: “Eu vou ser o presidente que
restabelece a autoridade do Estado” ou “Onde está a autoridade quando são as
minorias que governam? Nunca tanto lhes tinha sido cedido”. Como aqui escrevi,
o burkini é sobretudo um pretexto (estapafúrdio, sem dúvida) para alguns políticos franceses (de direita e
esquerda) mostrarem ao povo força e autoridade. O resto são especulações
filosóficas sobre a liberdade.
Especulações filosóficas ou não, é nestas coisas que se vê o pouco apego dos franceses à Liberdade, em muitos dos seus aspectos. A "República", expressão da "Vontade Geral", é muito mais importante.
ResponderEliminarDada a influência francesa na Comissão Europeia - aliás talhada à imagem da burocracia frnacesa - não tarda, teremos uma directiva comunitária sobre este tema.