- a primeira é puramente matemática: porque é que a única maneira de diminuir um rácio é diminuir o numerador? Será que aumentar o denominador, o PIB, não ajudaria?
- a segunda é mesmo de economia: se o objectivo da reestruturação é ganhar folga para que o governo aumente a despesa, então o que é que ela quer que cresça exactamente, a dívida ou a economia?
Em Portugal, os aumentos de dívida não correspondem a crescimento da economia -- é por isso que o rácio dívida/PIB duplicou em 15 anos e, se cresceu tão depressa, é porque nem a restrição orçamental foi respeitada, nem a economia cresceu. O país acumula doses maciças de dívida pública e o PIB não cresce o suficiente para absorver esses encargos. De que serve reestruturar a dívida se a economia não funciona? Daqui a uns anos estamos na mesma.
Se vos perguntassem se queriam ter um acidente de carro agora ou depois, o que é que vocês respondiam? Pode ser depois, daqui a uns anos estou livre, dá para espatifar o carro e partir as costelas à vontade.
Porque é que a Mariana Mortágua não pensa em arranjar forma do sector privado crescer e gerar riqueza, de forma a que a receita de impostos sustente a despesa pública?
Rita, comento apenas para responder à questão que deixas no fim. Por dogma de fé. Apenas isto: dogma de fé.
ResponderEliminarOs comunistas não acreditam no sector privado como motor da economia e acham que só o Estado pode promover um crescimento correcto e sustentado dum país. Como vários outros conceitos doutrinários comunistas este é um dogma, logo, não passivel de discussão. O modelo está inerentemente certo logo, quando não resulta como nunca resultou em lado nenhum, é a realidade e/ou as pessoas que estão erradas.
Tentas fazer perguntas racionais à gaiata Mortágua. Tentas argumentar com a lógica e até com a matemática. É inglório. É tão plausivel uma conversa racional, lógica e sustentada com um comunista como dissuadir uma beata de igreja da sua fé cristã. Para entender o pensamento vermelho é preciso, antes de qualquer outro considerando, entender o pensamento religioso. A partir daí é fácil perceber a forma como essa gente funciona e raciocina. Por isto também são tão perigosos.
Nem mais... O Zuricher disse tudo.
EliminarSusana V.
Mais uma chatice para os profetas da desgraça
ResponderEliminarhttp://www.jornaldenegocios.pt/economia/emprego/detalhe/nunca_foram_criados_tantos_empregos_nos_primeiros_sete_meses.html
NG, não acha estranho que os empregos não criem valor?
EliminarRita, irão criar, certamente, e poupar despesas sociais, e aumentar receita fiscal. Tarde ou cedo esse efeito aparece nas contas.
ResponderEliminarAcho que não. Na década de 2000, o desemprego era mais baixo, quando a dívida cresceu e a economia estagnou.
EliminarA economia estagnou em euros. Em dólares, como teria sido em escudos, mais do que duplicou.
ResponderEliminarIsso é falacioso. Em primeiro lugar, há a possibilidade de o escudo estar indexado ao euro, logo estar em euros ou escudos, seria indiferente. Se não houvesse indexação, Portugal não teria uma moeda forte e isso afectaria o nível de vida das pessoas, a importação de matérias primas, etc. Ou seja, não estou totalmente convencida de que fora do euro a economia portuguesa se tivesse comportado maravilhosamente.
EliminarO que me parece falacioso é dizer que a economia estagnou, como toda a gente diz, quando, comparativamente à economia americana, por exemplo, a riqueza de Portugal dobrou de tamanho.
EliminarAí está uma coisa que me anda a intrigar. Sempre ouvi dizer que o emprego (e o desemprego) tem um tempo de desfasamento em relação à economia. De onde vêm estes empregos? Do crescimento de 1,6% do ano passado? Mesmo assim é um bocado curto para gerar emprego, não é?
ResponderEliminarEu não acho nada estranho que os empregos não criem valor. A tarte quando é melhor dividida normalmente fica mais pequena
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