segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Inferir ou não inferir...

Diz a revista "The Atlantic" que o voto popular irá continuar a crescer para Hillary Clinton nas próximas semanas porque há votos que ainda não foram contados. Como são votos de pessoas que pertencem às costas, nomeadamente à Califórnia, Nova Iorque e DC, não terão efeito no resultado final. O Colégio Eleitoral irá votar em Dezembro, mas pergunto-me por que razão há Eleitores em carne e osso, se o seu voto pode ser inferido do voto popular? Não faz sentido tê-los, nem sequer ter de esperar tanto tempo para saber o seu voto.

De resto, os americanos têm-se divertido a criar memes de Joe Biden. Aqui está uma das minhas preferidas:







10 comentários:

  1. Porque os eleitores (salvo 2 ou 3 excepções) são autónomos e podem resolver votar noutro tipo. Apesar que no caso em questão obviamente não faz diferença - mas fico feliz por saber que os EUA ainda mantêm alguma coisa da reverência britânica pelas tradições ;)

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    1. É esse o ponto da Rita. Se a autonomia não serve para não eleger um traste como o Trump, então serve para quê? Mais valia acabar com o colégio, mesmo que se mantivesse a contagem dos votantes em cada estado como está.

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    2. Podem é diferente de vão. ;)

      E com o "reino" do bipartidarismo a coisa piora (já agora, vi isto hoje de manhã e é um bom exemplo de como o colégio pode ser determinante: http://listverse.com/2016/11/14/10-crazy-consequences-of-americas-dirtiest-election/)

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    3. Já agora (e desculpa o novo comentário), eu quando escrevi que neste caso não faz diferença tem a ver com a distância a nível de eleitores - uma coisa é tu virares meia dúzia, outra coisa são 74.

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  2. Os eleitores do Colégio Eleitoral não são autónomos. Vários estados, aliás, criminalizam os eleitores que aquando da sua nomeação prometam votar pelo candidato eleito nesse estado e, posteriormente, votam noutro.

    Em todo o caso, dado o mecanismo da escolha dos eleitores na maioria (por ventura em todos?...) dos Estados, destinado precisamente a minorar tanto quanto possivel eleitores transfugas, não é plausivel que aconteça e, de resto, muito poucas vezes na história dos EUA aconteceu e mesmo nessas poucas nunca mudou o resultado da eleição. Duma forma ou doutra os eleitores do Colégio Eleitoral são nomeados pelos partidos.

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    1. A maioria é autónoma e mesmo nos casos onde existem sanções por um voto diferente do voto popular, isso não implica invalidação.

      https://en.wikipedia.org/wiki/Faithless_elector

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    2. Carlos Duarte, como é que pode dizer que pessoas que têm que prometer levar a cabo dada acção como condição para serem nomeadas são autónomas? Fazendo uma analogia parece-me semelhante à autonomia que uma testemunha tem num julgamento. Jurou dizer a verdade mas, realmente, se quiser pode mentir.

      De autonomia parece-me ter muito pouco.

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  3. Rita,

    Uma pergunta que é uma provocação:

    A maioria das mulheres norte-americanas brancas são estúpidas, masoquistas ou o que elas gostam mesmo é serem à partida agarradas pela vagina?

    Pergunto isto porque em Agosto de 2015 escrevi isto:

    http://aliastu.blogspot.pt/2016/11/quanto-mais-me-bates.html



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    1. Caro Rui, acho que nesta altura do campeonato já tenho dúvidas que eu seja mulher, ou sequer humana; identifico-me mais com os cães, pois compreendo melhor o seu comportamento.

      Irrita-me o argumento da vagina: as mulheres não podem votar numa mulher só porque é mulher, o que eu acho insultuoso, pois aos homens não se pede racionalidade no voto. Eu não votei em Clinton porque era mulher, mas se me apetecesse, não vejo qual seria o mal. Passámos semanas com mulheres como Susan Sarandon a dizer que não votavam com a vagina e homens e mulheres aplaudiam. Quando está em causa defender a República de uma pessoa como Donald Trump, vale tudo, até votar com a vagina. Concluo que pessoal de Esquerda é muito burro e, com esta mania da über-consciência, assim se entrega o país a um lunático.

      Pelo menos, esta presidência será interessante do ponto de vista da análise de dados.

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    2. Defender a República duma pessoa como Trump era uma coisa que Obama podia e devia ter feito durante o seu mandato: garantir que mesmo sendo eleito um lunático, este não poderia partir tudo. Foi, aliás, com base nessa plataforma que foi eleito, em 2008. Nessa altura os lunáticos eram Bush/Cheney.

      Mas não foi isso que Obama fez, pelo menos no plano dos direitos, liberdades e garantias. Obama passou 8 anos a validar, e a expandir, todos os abusos de poder da presidência americana. Obama presidiu a violações em massa dos direitos constitucionalmente protegidos dos americanos, e dos direitos internacionalmente reconhecidos de cidadãos de países aliados (já para não falar dos restantes). Nem a simples promessa de fechar Guantánamo conseguiu cumprir.

      Agora, depois de 8 anos, estão preocupados com a República?

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