domingo, 12 de fevereiro de 2017

10 anos depois

Há 10 anos, no referendo sobre o aborto, houve argumentos a favor e contra a despenalização. Havia previsões apocalípticas e houve quem considerasse que trazer os abortos para dentro da legalidade permitiria atenuar uma série de problemas.

Podemos hoje concordar que o lado que ganhou o referendo tinha toda a razão nos seus principais argumentos e nas suas previsões, não podemos?

8 comentários:

  1. Podemos concordar que 165000 pessoas foram entretanto mortas e o lugar delas nas creches, nas salas de aula, nas ruas e jardins está vazio. E muitas escolas fechadas por causa disso, por exemplo. E que passados quase 10 anos a evolução do número de abortos segue praticamente paralela à do número de nascimentos. Pouco menos de 1 para 5. Não podemos concluir que teriam existido necessariamente mais mortes maternas se a decisão de abortar não passasse a ter mesma aceitação social do que o acto de beber um copo de água.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tem dados concludentes sobre o que afirma? O aborto aumentou?

      Eliminar
    2. Eu ia responder, mas isto é dos comentários mais disparatados que por aqui passaram nos últimos tempos. O que é obra.

      Eliminar
  2. Para o Luís um aborto por cada 5 nados vivos, 97% dos quais são IVG, e 30% dos quais reincidências pode não ser apocalíptico. Mas tal, antes de mais, confirma a sua opinião sobre o assunto.

    Não é certamente com este tipo de números que vai convencer quem votou contra a despenalização por a considerar apocalíptica.

    Pessoalmente, é uma batalha que não faz sentido travar novamente. Se a generalidade da sociedade acha este resultado normal, não vou impôr a minha moralidade a terceiros. Mas é um resultado que não me conforta minimamente.

    Isidro, um artigo entre vários:
    http://observador.pt/2015/06/15/ha-vez-menos-abortos-portugal/

    ResponderEliminar
  3. Sim. Realizaram-se mais abortos no último ano do que no primeiro após a libera geral para matar pessoas no útero materno.

    ResponderEliminar
  4. Eu não vejo as coisas assim...
    A questão do aborto é uma questão delicada em termos de ética e consciência.
    Mesmo que o aborto não tenha aumentado, agora é comparticipado por todos os cidadãos. Tanto por aqueles que são a favor como por aqueles que são veemente contra. E é comparticipado o numero de vezes que for preciso...

    Aliás, a questão de aborto se tornar gratuito nunca foi colocada em referendo... De todo. Eu, que votei a favor da despenalização do aborto, sinto-me enganada. Porque nunca foi meu intuito facilitar o aborto de forma a que se tornasse (mais) um método de contracepção.
    Quando vejo a percentagem da reincidência fico... sem palavras...

    Susana V.

    ResponderEliminar
  5. Que comentário mais estapafúrdio... Mas alguma vez alguém, mesmo o crente mais fervoroso, fez um funeral em honra das "pessoas" que foram "mortas" num aborto (provocado ou espontâneo)? Claro que não, porque ninguém consider um feto uma pessoa. Coisa que só é posta em causa quando se trata de usar argumentos demagógicos.

    ResponderEliminar

Não são permitidos comentários anónimos.