Os atentados à liberdade de expressão prosseguem por esse ocidente fora. A moda de boicotar certas vozes reacionárias começou nas
universidades americanas, alastrou ao Reino Unido e, como seria de esperar, chegou a Portugal. O facto de isto se passar em universidades, tradicionais
bastiões do livre pensamento e da liberdade de expressão, diz muito sobre o que se
está a passar. Hoje, por exemplo,
nalgumas universidades americanas não se pode utilizar termos como “violação”
ou “sangue” em disciplinas de direito criminal porque isso, supostamente, provoca “stress pós-traumático” a alguns estudantes mais sensíveis. Escusado
será dizer que esta idiotia acabará por se instalar também por cá. É uma questão de tempo.
Vejamos um exemplo recente. O presidente do Parlamento
Europeu, Antonio Tajani, decidiu “punir
exemplarmente” um tal de Janusz Korwin-Mikke, eurodeputado desde 2014, que há
dias disse que as mulheres “devem
ganhar menos” do que os homens porque são “mais fracas, mais pequenas e menos
inteligentes”. Neste caso, a melhor reacção seria das três, uma: ou ignorar
este idiota polaco, como fazemos quando ouvimos um maluquinho ou um bêbado a
dizer enormidades; ou, para quem tiver mais paciência, demonstrar que o homem está errado; ou, pura e simplesmente, responder curto e
grosso. É assim que agem as pessoas adultas e é assim que deveríamos ensinar os
mais novos a defenderem-se. Mas não. Em vez disso, os novos paladinos da
tolerância preferem combater o machismo, racismo, xenofobia, negacionismo,
homofobia - e mais não sei quantas pragas - tentando silenciar ou punir
severamente os “reaccionários”. Definitivamente, não percebem, ou não querem
perceber, que os preconceitos não se combatem com menos palavras e argumentos,
mas sim com mais. Em nome dos mais altos princípios e valores, cerceiam a
liberdade de expressão. Tarde ou cedo, quando menos esperarem, vira-se o
feitiço contra o feiticeiro e serão eles próprios acusados e punidos por ofender alguém e
o que não faltam são pretextos para alguém se considerar ofendido. Na verdade,
nem sei quem é o mais idiota nesta história: se o machista polaco, se o presidente
do parlamento europeu que deu mais uns minutos de fama ao primeiro.
A minha resposta preferida é a tua terceira: ser curto e grosso com o polaco. Aliás, acho que a resposta ideal seria uma mulher lhe ter dado um pontapé entre as pernas no Parlamento Europeu para testar a hipótese de as mulheres serem mais fracas do que os homens. Infelizmente, o pessoal tem a mania do politicamente correcto...
ResponderEliminarNeste caso, também é a minha resposta preferida.
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