terça-feira, 14 de março de 2017

Qual deles é o mais idiota?

Os atentados à liberdade de expressão prosseguem por esse ocidente fora. A moda de boicotar certas vozes reacionárias começou nas universidades americanas, alastrou ao Reino Unido e, como seria de esperar, chegou a Portugal. O facto de isto se passar em universidades, tradicionais bastiões do livre pensamento e da liberdade de expressão, diz muito sobre o que se está a passar.  Hoje, por exemplo, nalgumas universidades americanas não se pode utilizar termos como “violação” ou “sangue” em disciplinas de direito criminal porque isso, supostamente, provoca “stress pós-traumático” a alguns estudantes mais sensíveis. Escusado será dizer que esta idiotia acabará por se instalar também por cá.  É uma questão de tempo.
Vejamos um exemplo recente. O presidente do Parlamento Europeu,  Antonio Tajani, decidiu “punir exemplarmente” um tal de Janusz Korwin-Mikke, eurodeputado desde 2014, que há dias disse que as mulheres “devem ganhar menos” do que os homens porque são “mais fracas, mais pequenas e menos inteligentes”. Neste caso, a melhor reacção seria das três, uma: ou ignorar este idiota polaco, como fazemos quando ouvimos um maluquinho ou um bêbado a dizer enormidades; ou, para quem tiver mais paciência, demonstrar que o homem está errado; ou, pura e simplesmente, responder curto e grosso. É assim que agem as pessoas adultas e é assim que deveríamos ensinar os mais novos a defenderem-se. Mas não. Em vez disso, os novos paladinos da tolerância preferem combater o machismo, racismo, xenofobia, negacionismo, homofobia - e mais não sei quantas pragas - tentando silenciar ou punir severamente os “reaccionários”. Definitivamente, não percebem, ou não querem perceber, que os preconceitos não se combatem com menos palavras e argumentos, mas sim com mais. Em nome dos mais altos princípios e valores, cerceiam a liberdade de expressão. Tarde ou cedo, quando menos esperarem, vira-se o feitiço contra o feiticeiro e serão eles próprios acusados e punidos por ofender alguém e o que não faltam são pretextos para alguém se considerar ofendido. Na verdade, nem sei quem é o mais idiota nesta história: se o machista polaco, se o presidente do parlamento europeu que deu mais uns minutos de fama ao primeiro.

2 comentários:

  1. A minha resposta preferida é a tua terceira: ser curto e grosso com o polaco. Aliás, acho que a resposta ideal seria uma mulher lhe ter dado um pontapé entre as pernas no Parlamento Europeu para testar a hipótese de as mulheres serem mais fracas do que os homens. Infelizmente, o pessoal tem a mania do politicamente correcto...

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