A toalha de mesa foi comprada na minha última visita a Portugal, em Guimarães, na Chafarica, e foi uma enorme sorte encontrá-la, pois mesas quadradas do tamanho da minha são um bocado invulgares e nunca encontro muitas opções em toalhas de jantar. Tenho uma ou duas da April Cornell, redondas, mas não gosto muito da forma como as costuras da barra ficam nos cantos da mesa e as cores não davam com o motivo do nosso jantar. A toalha da Chafarica, que tem tons neutros, foi o fundo ideal para a louça.
O menu foi estilo "pot luck", em que cada convidado leva um prato. Escolhemos coisas irlandesas ou verdes para combinar com o motivo da celebração. Fiz uma sopa de carne de vaca e cevada (beef and barley), que me lembrou um pouco as sopas portuguesas -- até levava couve cortada em chiffonade. Outro facto giro é que esta foi a primeira vez que cozinhei cevada.
Também fiz um pão (Irish soda bread), que ficou óptimo e foi super-fácil de fazer. Acho que irei repetir esta receita mais vezes. Para acompanhar, comprei manteiga Kerrygold (irlandesa) e queijo Cheddar irlandês. A J.B. fez "corned beef and cabbage", a L. "mash and bangers", a M. espargos assados no forno, e a J.P. "Key lime pie", decorada com smarties verdes. Para beber havia Guinness, Black and Tans (cerveja Harps e Guinness), e para depois do jantar Baileys.
Foi uma noite muito divertida, falámos de algumas coisas que tínhamos aprendido acerca da Irlanda: por exemplo, o St. Patrick era galês e é o santo patrono dos imigrantes -- já tenho mais um santo para a minha colecção. A 8 de Abril, será o Art Car Parade e o carro da M., que ela pintou à mão com flores, participará no cortejo. Ela convidou-me para ir ir no carro; agora tenho de arranjar um traje para me fantasiar. Combinámos ir à Marcha pela Ciência, que será a 22 de Abril, e eu pedi à M. para encomendar uma boina cinzenta em forma de cérebro para eu usar na marcha (uma amiga da filha dela está a fazer e custam $15).
Decidimos que seria giro fazer estes jantares temáticos mais vezes, talvez mensalmente, e a J.B. até disse que precisávamos de um mecanismo como o do King Cake de Nova Orleães -- semelhante à fava do Bolo Rei -- para escolher em casa de quem se daria a próxima festa. Em Maio há as celebrações do 5 de Mayo, que comemora a vitória do exército mexicano sobre as forças francesas em 1862, na Batalha de Puebla, que são muito populares nos EUA (mais populares do que no México) e seria super-giro cozinhar comida mexicana. E que tal ter uma piñata?
Sugeri fazermos uma festa revolucionária em Abril por causa do 25 de Abril, na qual comeríamos comida portuguesa; como fiz esta, é natural que não me calhe a mim ser a anfitriã da próxima festa. Não posso deixar de pensar que seria espectacular organizar uma do 25 de Abril, com a casa toda enfeitada de cravos encarnados. Hoje tive outra ideia: podíamos fazer uma pelo 10 de Junho, em que o tema seria comida e poesia de Portugal.
Aqui ficam alguns detalhes do jantar de Domingo:
Chiça! A Rita caprichou!
ResponderEliminarObrigada! É sempre bom mimar os amigos, mas também acho que, como portuguesa, tenho de mostrar aos americanos que somos pessoas que prezam a hospitalidade e o bom gosto.
EliminarSó comer, só comer, só comer ...
ResponderEliminarA Rita já ouviu falar no (espere um pouco enquanto vou ver como se escreve)Dijsselbloem (fiz copy/paste)?
Se ele souber o que se passa em Huston com essas celebrações gastronómicas
ainda a responsabiliza pela próxima crise financeira mundial.
Kiss you!
Pois foi exactamente o que se passou: gastei o dinheiro em mulheres e Baileys (elas é que trouxeram a cerveja). Já não posso pedir apoio a ninguém...
EliminarBeijinhos :-)