A acreditar nas sondagens, grande parte do país está rendido aos feitos históricos da geringonça – é curiosa a forma como se invocam por dá cá aquela palha as palavras “história” e “histórico” nos dias que correm, mas adiante. Pelos vistos, os mercados e a própria União Europeia resistem e, vá-se lá saber porquê, até parecem duvidar da narrativa de sucesso que o governo lhes apresenta. Infelizmente, neste caso, a geringonça não pode demitir ou ameaçar de demissão esta gente tão céptica. Resta ao ministro das finanças fazer desabafos na imprensa internacional e queixar-se da injustiça de que estamos a ser alvo, nomeadamente ao sermos vergastados com taxas de juro cada vez mais difíceis de suportar e, ainda por cima, muito maiores do que as dos nossos parceiros.
O Mira Amaral também pensa que não foi o Centeno quem conseguiu o défice mais baixo da nossa democracia:
ResponderEliminarhttp://expresso.sapo.pt/opiniao/opiniao_economia_real/2017-03-04-O-euro-e-o-melhor-defice-
É curioso que o PS quando está na oposição não se cansa de criticar obsessão pelo défice; uma vez no poder, faz questão de se autoproclamar como o campeão dos défices mais baixos em democracia, independentemente dos factos confirmarem ou não a pretensão; foi assim com Sócrates em 2007, reclamando um défice 2,7% (corrigido para 3,1% em 2011), é assim agora com Costa. O PS tem uma relação complicada com o défice público, para não lhe chamar outra coisa.
EliminarJ C Alexandre,
ResponderEliminarAnteontem o ECO publicava um artigo que levantava a dúvida sobre a contabilização ou não das perdas da CGD na dívida e défice públicos. Segundo a autora do artigo, se INE e Eurostat, que se encontram, só agora, a analisar a questão concluírem pela positiva
o défice de 2016 será de 3,1%.
Obrigado, não sabia desse pormenor, embora a Rita já tivesse levantado essa questão
EliminarVai levar muito tempo até o orçamento de estado poder apresentar contas saudáveis de forma sustentável. O anterior governo, entre outras judiarias, permitiu o descabeçamento do sistema bancário, vendendo activos ao desbarato, abrindo crateras de prejuízo público e transferindo riqueza para entidades estrangeiras. O caso das seguradoras, a escora dos maiores bancos portugueses, é um exemplo.
ResponderEliminarhttp://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/porque_e_que_a_tranquilidade_foi_vendida_abaixo_do_preco_aceite_pelo_bdp
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/imobiliario/detalhe/tranquilidade-encaixa-200-milhoes-com-venda-de-imoveis?ref=DET_destaqueshomepage
https://www.publico.pt/2014/01/09/economia/noticia/governo-vende-caixa-seguros-a-chinesa-fosun-1619047
http://observador.pt/2015/06/04/fidelidade-investiu-mil-milhoes-em-divida-do-acionista-chines/
A farsa de Março de 2011 acarretou um dano colossal à economia portuguesa.
A farsa, NG? A nossa bancarrota foi uma farsa?
EliminarExatamente estamos onde estamos e isso deve-se à coligação PSD/CDS/Cavaco e não aos desvarios do PS que pretendeu cumprir as determinações aliás injustas mas a oposição principalmente de Cavaco não deixou.
EliminarO termo bancarrota é barro atirado à parede a ver se pega uma interpretação conveniente das consequencias, para Portugal, da maior crise financeira global dos últimos 80 anos. O país tinha duas opções, entregar-se nos braços do FMI ou tentar uma solução intermédia como aquela seguida por Espanha. Para isso, tinha o acordo explícito da UE e da Alemanha. Direita, extrema esquerda e presidente da Republica uniram-se, contra um homem só, pela opção que espatifou a economia e a banca de forma duradoura. Sem o turismo e o resultado dos investimentos visionários que o governo desse homem só apoiou, o país nunca mais se levantaria.
EliminarEntendi, NG: para si crucificaram o messias e o NG saiu prejudicado. Há mais gente assim, gente que se sente órfão.
EliminarEu ia jurar que, quando Portugal se entregou nos braços do FMI, o PS estava no governo e não só decidiu a quem se entregar, como negociou as condições de entrega. Coincidências...
EliminarTem razão, Rita. Foi o PS quem atirou a toalha ao chão e chamou a troica. Todavia, porque perdeu a eleições, foi o governo do Passos Coelho quem teve que cumprir o caderno de encargos negociado pelo Sócrates.
EliminarInfelizmente, há muita gente com a memória estragada...
Não sejam cínicos.
EliminarNão seja desonesto.
EliminarHá, Tiro ao Alvo. E um dia destes ainda vamos saber quantos são.
ResponderEliminarTambém estou convencido disso.
EliminarPor vezes pergunto-me se este NG não será um daqueles avençados do 44 para o elogiarem pela net fora.
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