Uma mentira repetida muitas vezes transforma-se
numa verdade, diziam os nazis. Na verdade, há muito que os regimes autoritários
e os vendedores conhecem este facto. Mas, como explica Daniel Kahneman no seu “Pensar,
depressa e devagar”, foram os psicólogos que descobriram que não é sequer necessário repetir a afirmação inteira acerca de um facto ou ideia para fazer com que
pareça verdadeiro. As pessoas confundem facilmente familiaridade com verdade. E
a repetição cria familiaridade. A pós-verdade e os “factos alternativos” não
nasceram ontem como alguns parecem acreditar; nasceram com os
aldrabões e manipuladores profissionais e, portanto, já têm uma história longa.
https://medium.com/incerto/the-facts-are-true-the-news-is-fake-5bf98104cea2#.u2camoem7
ResponderEliminarMuito obrigado pela sugestão, muito interessante.
EliminarAlém de que é muito frequente ouvir-se a mesma coisa de duas fontes diferentes, que parecem corroborar-se mutuamente quando, na verdade, as duas a ouviram por sua vez da mesma fonte.
ResponderEliminarÉ verdade, o ruído pode vir de muito lado. O artigo que me sugeriu o NG também é bastante interessante: os jornalistas muitas vezes distorcem os factos, escolhem apenas as partes que, supostamente, podem provocar sensação no público e que, ao mesmo tempo, os mantêm em linha com o resto dos colegas - caso contrário, correm o sério risco de serem postos de lado ou desprezados. Há aqui muitas variantes; de qualquer maneira, o meu ponto é que nada disto é novo.
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