Esta semana que passou, o país ficou chocado com uma lagarta espevitadinha a fazer maratona num prato servido a uma aluna numa escola em Braga. A presença da lagarta era comprovativo de que a comida era má, mas julgo conveniente discutir o que é comida má. A presença da lagarta demonstra que a alface não foi tratada com pesticidas. Entre uma alface produzida por métodos convencionais e outra por métodos biológicos, qual é a mais cara e a que os consumidores preferem?
Com isto não estou a dizer que a comida não seja má, mas é necessário levar a discussão noutra direcção, como, por exemplo, a questão da higiene. Não parece que quem preparou a alface a tenha lavado em condições e, nesse caso, há o risco de as crianças serem expostas a bactérias, como e. coli ou salmonela, que causam envenenamento alimentar. Aliás, seria conveniente que alguém se certificasse que os empregados dos refeitórios em Portugal estão devidamente treinados e sensibilizados para as questões de higiene, até porque o público que servem -- as crianças -- ainda estão em desenvolvimento e estão mais susceptíveis a doenças deste foro.
Já agora, que tal um jornalista investigar se os refeitórios obedecem aos princípios do HACCP? Se não sabem o que é o HACCP, então leiam aqui.
E reparem que mesmo um prato com um aspecto delicioso pode estar contaminado e a comida ser má.
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