Trabalhei em empresas do grupo SONAE de setembro de 1994 a
novembro de 1995, no período que medeia entre o final da minha licenciatura e o
ingresso na Universidade do Minho. Curiosamente, a única vez que interagi
pessoalmente com o Eng.º Belmiro de Azevedo foi ainda antes de ter sido contratado, durante o Programa Contacto, o programa de recrutamento da SONAE que ainda hoje mantém. Na sessão da tarde,
houve um momento em que os participantes, na sua maioria finalistas do ensino
superior, podiam colocar questões diretamente ao líder do grupo. Um pouco a tremer, pedi a palavra
e perguntei ao Eng.º Belmiro se ele pensava desenvolver projetos de
investigação em colaboração com as universidades portuguesas. Se nos lembrarmos
que na época a Universidade vivia de costas voltadas para as empresas, achei que
a pergunta era pertinente. A resposta que obtive foi entre o seco e o
desconcertante. Recordo-me de algo como “…a Universidade portuguesa tem muito que aprender
com as empresas. Se dependesse de mim, os professores deveriam ser obrigados a deixarem os seus gabinetes e a trabalhar
periodicamente em empresas…”.
Curiosamente, passados vinte e um anos de ter deixado a
SONAE, iniciamos, em conjunto com as Universidades do Porto e de Aveiro, o
projeto de investigação aplicada ATENA (Observatório da Educação), financiado
pelo EDULOG, o “think tank” da Fundação Belmiro de Azevedo, direcionado para a
área de Educação. Afinal, há mais retas concorrentes que parelelas!
Deve estar aí uma das razões porque o PCP votou contra o voto de pesar.!!!!
ResponderEliminarAntónio Cabral
@Fernando Alexandre aka leitor-de-sinas
ResponderEliminarHoje e feriado!
Para quando a publicacao do portentoso artigo cientifico a demonstrar os devastadores efeitos da restauracao dos feriados (via os famosos solavancos de produtividade...) estao a ter na economia portuguesa?
Referencia para os mais "esquecidos":
http://destrezadasduvidas.blogspot.co.uk/2011/11/o-trabalho-em-portugal-uma-interrupcao.html
Em 1988 vim a Braga para participar, em representação do Instituto Politécnico de Faro, na 6ª Conferência Higher Education International (Vocational Training), que teve lugar na Universidade do Minho. Nessa conferência o Engº Belmiro de Azevedo teve uma das intervenções de fundo, e recordo-me que o teor dessa intervenção foi muito no sentido do que relata: prioridade para o trabalho nas empresas, para as quais ele queria os melhores que estavam na universidade. Devo dizer que o seu discurso me impressionou bastante, pela sua clareza e lógica argumentativa.
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