A melhor prenda de Natal que recebi foi a votação do financiamento partidário. Adorei! Como é que o Parlamento conseguiu manter isto em segredo durante tanto tempo, sem que a Comunicação Social soubesse, é realmente uma façanha. Por exemplo, compare-se com o episódio do Diabo vem aí que se deu num círculo muito mais pequeno e saiu para fora, logo sendo aproveitado por António Costa, sem dó, nem piedade, para gozar com Pedro Passos Coelho.
Neste caso, o PS, um partido tecnicamente falido, puxa a brasa a sua sardinha, pois é o partido que tem mais a ganhar com esta lei -- não vos lembra aquela lei da repatriação de fundos a uma taxa de imposto reduzida? --, e ninguém do PSD se lembra de fazer a vida negra aos socialistas. Que habilidade política têm os deputados do PSD? Ser assim tão "clueless" dá dó. E lembram-se do Passos Coelho ter dito aos Socialistas que não contassem com os Sociais-Democratas para os ajudar? Se isto é o PSD a dificultar o PS, então nem consigo imaginar como seria se tivessem decidido facilitar.
Mas o que me deliciou bastante foi a indignação colectiva acerca do caso. A sério que pensavam que a Geringonça ia ser virtuosa liderada pelo mesmo partido que levou o país à bancarrota e com muitas das mesmas pessoas sentadas no Parlamento? Não é assim que funcionam as coisas: esta malta safou-se à primeira e continua a achar-se invencível. Nada mudou em Portugal, continua tudo na mesma.
Como raio ou diáfono pensamento me trouxe aqui, pasmo, e não sei. Mas já que vim... li. E, a mal que pergunte (ou candidamente suponha), a 'coisa' é tão grave assim que alastre, despudoradamente, maais à esquerda?...
ResponderEliminarDiria o meu amigo Gustavo, dos Açores, 'valha-nos o Senhor Santo Cristo'!...
Mas gostei do blogue. Gostei.
Ao contrário do que diz, algo está a mudar.
ResponderEliminarE algo muito mais importante do que a fofoca ideológico-partidária movida apenas por ódios mesquinhos.
Portugal pagou mais mil milhões ao FMI
Rafaela Burd Relvas
18 Dezembro 2017
In ECO-online
https://eco.pt/2017/12/18/portugal-pagou-mais-mil-milhoes-ao-fmi/
Portugal quase livre do spread agravado na dívida ao FMI
O país reembolsou mais uma parcela do empréstimo, cujo pagamento estava programado para 2021. 80% da dívida ao FMI já está liquidada.
Portugal concluiu mais um pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Tal como estava programado, o país reembolsou 1.001 milhões de euros de uma parcela do empréstimo do FMI, que vencia entre março e maio de 2021. Fica assim liquidado 80% da dívida ao fundo.
O anúncio foi feito, esta segunda, pelo Ministério das Finanças, que dá conta de que, com esta operação, ficaram concluídos os reembolsos antecipados ao FMI em 2017. Feitas as contas, este ano, Portugal pagou 10.013 milhões de euros a um dos principais credores do país.
Ao todo, Portugal já reembolsou mais de 21 mil milhões de euros à instituição, ficando assim liquidado aproximadamente 80% do empréstimo total do FMI, no montante de 26.30 milhões de euros.
O Ministério das Finanças indica ainda que “o plano de amortizações antecipadas ao FMI continuará a ser implementado no próximo ano, como previsto no programa de financiamento da República, mantendo-se ainda assim uma prudente almofada financeira”.
Com esta estratégia, o Governo procura obter ganhos com a redução do custo da dívida por duas vias: em primeiro lugar, através da substituição do empréstimo mais oneroso do Fundo por colocação de nova dívida no mercado a taxas bem mais favoráveis; depois, porque ao baixar a exposição junto do Fundo, também alivia os juros cobrados pelo valor da dívida que permanece por pagar ao FMI.