Acordei cedo, antes das quatro da manhã, e não consegui voltar a dormir. Resignei-me a levantar-me às 5 da manhã porque acordo sempre esganada de fome. Antes de ir trabalhar fui ao Starbucks beber um café, mas numa caneca a sério para não criar lixo. Aproveitei e dei uma olhadela no barista giro que lá trabalha -- é doce e não tem calorias, parece-me bem!
Trabalhei das 8 às 18, mas consegui vir almoçar a casa; aliás tinha de ir a algum sítio porque não levei comida para o escritório. A manhã correu tão rapidamente com reuniões que cheguei às 13h30m, ainda sem almoçar, a perguntar-me para onde tinha ido o tempo.
Quando regressei do almoço e me sentei à secretária, vi que uma joaninha tinha entrado comigo. Tirei uma foto enquanto pensava como é que iria salvar o pobre bicho. Embrulhei-a numa toalha de papel, mas ela escapou e começou a passear nas costas da minha mão. Meti a outra mão em forma de concha sobre ela e ela escapou outra vez. Tentei com a outra mão e obtive o mesmo resultado. Caminhei rápido e consegui chegar à rua. Preparava-me para tirar uma foto, mas ela levantou voo e eu levantei a cabeça e acompanhei o seu voo a a sorrir. Achei incrível que não tivesse levantado voo enquanto eu a levava para a rua. Talvez confiasse que eu a levasse por bons caminhos.
Regressei ao edifício e a recepcionista, que conversava com o segurança, perguntou-me se tinha levado a joaninha para a rua. Sim, sim, levei, claro! Começou a falar de lagartos, dos quais tem medo, e eu puxei do telefone e mostrei a minha colecção de fotos de anoles do Texas. Tantas vezes que tive de andar à caça deles dentro de casa para os levar para a rua, senão morriam com certeza. Tornei-me uma profissional da segurança dos anoles, mas houve um que não consegui apanhar a não ser dias depois, quando já estava desidratado. Acho que morreu, coitado.
Quando regressei do trabalho, depois de jantar, fui passear e ouvir o Governo Sombra. Encontrei uma minhoca gorda no passeio -- tive de a salvar. Procurei um pauzinho e com ele levei-a para a relva. Era tão rechonchudinha que era uma pena que morresse. Encontrei bastantes cadáveres delas pelo caminho, já ressequidos, nem para comida de pássaro devem servir. Quando chove, como ontem, elas acabam muitas vezes no passeio. Fico sempre desgostosa quando as vejo já tarde demais.Perdi a conta de quantas minhocas salvei, mas uma vez salvei uma que era carnívora -- hammerhead worm --e predadora das minhocas boas (parece que estão a invadir a França) e levei um raspanete de uma amiga americana: "You're not supposed to save those!" Oops...
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