sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Dia 52

Nem a propósito, a Maria João Marques escreveu uma peça sobre a fraca visibilidade que a Direita portuguesa dá às mulheres. É estranho que assim seja porque, antes de mais, é um enorme retrocesso: houve bastantes mulheres importantes na Direita portuguesa. E depois demonstra que muitos homens portugueses têm sérios problemas em entender coisas básicas de matemática, pois é impossível ganhar uma eleição sem mulheres e, mesmo que os homens da Direita pensem que sem a concorrência delas fica mais para eles, esquecem-se do facto de elas serem boas a criar valor. Como a economia portuguesa está, no melhor dos casos, estagnada ou, no pior, a encolher, é surprendente que haja pessoas que pensam que é mais importante proteger a distribuição do bolo do que arranjar maneira de aumentar o tamanho do mesmo.

A Christine Lagarde, numa entrevista ao Marketplace emitida hoje, fez uns comentários interessantes acerca da participação das mulheres em lugares de chefia. Disse ela:
[...] the IMF now recognizes that the role of women in the economy can be macro critical, and therefore warrants our focus, our attention, our research capacity and our policy recommendations.

What we have done very recently — I just want to mention two numbers for you — is a thorough study on the banking sector to see how many women were in executive boards or boards. Twenty percent only are women. How many women are CEOs or chairmen of banks? Two percent. And then we tried to correlate the solidity of banks with the number of women sitting on the board. And it's very interesting to see that those banks which have a significant number of women on their board are stronger, are less likely to file for insolvency, have bigger capital buffers, have less nonperforming loans and are less risky."

Fonte: Christine Lagarde em entrevista ao Kay Ryssdal no Marketplace, 21/2/2019

Eu não vos dizia que a CGD -- e quem diz CGD diz a banca portuguesa -- precisava de umas avózinhas?


1 comentário:

  1. Avozinhas? Tipo prémio carreira político-partidária, como Celeste Cardona?

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