Hoje de manhã recebemos uma chamada
telefónica. Era a Enfermeira Catarina do Centro de Saúde da nossa área de residência.
Queria saber como estávamos, minha Mulher e eu, e se, estando bem, precisávamos
de qualquer apoio, uma vez que não devíamos sair de casa. Perante a nossa
negativa, quis saber se tínhamos alguém que nos ajudasse, e descansou quando
lhe dissemos que a nossa filha estava sempre em contacto connosco. Despediu-se
dizendo que em qualquer momento que fosse preciso a procurássemos no Centro.
Tendo em atenção o momento tão
complicado que todos os serviços de saúde vivem, o que conto merece uma
consideração especial pelo que significa: as preocupações com a população idosa.
O que prova que o nosso Serviço Nacional de Saúde, e reforço, neste momento tão
delicado, está a corresponder aos princípios gerais consignados na nossa Constituição.
No meio de um ambiente pesado e
incerto, este telefonema fez-me bem.
PS – Qualquer um (ou uma) dos
críticos do SNS (e de tudo…) seriam capazes de dizer: “O quê? Então só
contactam agora? Isso devia ter sido feito há duas semanas… Uma vergonha de
serviço!” Ficariam sem resposta: nunca são capazes de ter uma visão abrangente da
realidade.
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