Há aqui umas coisas que eu gostaria clarificadas:
- A população de Portugal estava estimada em 10.28 milhões de pessoas em 2019 e os protocolos das vacinas indicam que cada pessoa deverá levar duas doses, logo qual a necessidade de comprar 22 milhões de doses, que dá mais do que duas doses a cada pessoa?
- Se se comprar vacinas a mais, não se corre o risco de o país ser acusado de esbanjar recursos que faltariam noutros países, especialmente nos países mais pobres?
- A DGS disse que a vacina iria ser facultativa, isso quer dizer que as pessoas não são obrigadas a tomar, logo quantas pessoas é que a DGS espera que não tomem e que efeito terá isso nas metas de imunidade de grupo?
- A população da UE é de 446 milhões de pessoas, logo o contrato da UE com a Pfizer, que contempla 200 milhões de doses, permite vacinar 22,4% da população da UE. Só que Portugal anunciou que no início vai só vacinar 300 mil pessoas com a vacina da Pfizer, o que é apenas 2,9% da população portuguesa. Porque é que não vacina mais pessoas com a vacina da Pfizer, se a UE contratou tantas doses?
- Como é que Portugal vai escolher as pessoas que vão ser vacinadas na primeira fase? E que hospitais têm condições para administrar esta vacina, que requer refrigeração a muito baixas temperaturas--só os das grandes cidades?
- Já agora, quem vai ser o primeiro vacinado do país -- o Presidente da República para tirar a primeira selfie? E o Primeiro Ministro vai ser vacinado quando e com que vacina?
- De acordo com a Reuters, cada dose da vacina da Pfizer custa 15,5 euros, logo as 300 mil pessoas irão custar a Portugal 9,3 milhões de euros, o que não é muito dado o orçamento de 200 milhões de euros, ou seja, ficam 190,7 milhões de euros para comprar o resto das vacinas e que Marta temido diz ser 21,4 milhões de doses, o que dá um custo médio de 8,9 euros por dose. A vacina da CureVac custa 10 a 12 euros por dose (ver peça da Reuters), será essa que Portugal está a contemplar comprar?
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