Vários dos meus amigos estão sem electricidade em vários estados e ainda temos uma tempestade a caminho, que chegará esta noite. Ontem anunciaram que no Texas tinha sido declarado o estado de emergência -- que tenha sido uma coisa tão rápida e sem sobressaltos é estranho. O normal é o as autoridades locais pedirem ajuda ao estado e, se o estado não se acha capaz, pede ajuda ao governo federal; mas quando Trump era presidente, qualquer coisa deste tipo dava azo a confusão e tuítes mal-intencionados.
Desta vez, o único tuíte que fez história foi um antigo do Ted Cruz a criticar a Califórnia por ter instituído cortes cíclicos de electricidade aquando de uma onda de calor, pois o Texas teve de fazer o mesmo por causa desta onda de frio. O Karma é bastante lixado.
Em 10 anos especulo que a produção de electricidade irá ser bastante diferente. Quando o Obama era Presidente, falava-se na descentralização da produção de energia; por exemplo, se alguém tem painéis solares que produzem excesso que energia, podiam vender esse extra à rede. Isto vai requerer alguma inovação do ponto de vista de produção, transporte, e armazenagem de energia, mas estamos na altura ideal para desenvolver algumas tecnologias revolucionárias.
Esse esquema de devolução existe cá em PT. Na minha família faz-se, quer em casa (moradia) fora de Lisboa, quer no telhado do prédio de apartamentos da cidade (todos os condóminos acordaram e actualmente o condomínio tem dinheiro de sobra em virtude dessa receita).
ResponderEliminarEm portugal quem implementou isso foi o governo Sócrates, ao permitir a particulares vender energia à rede. Claro que para isso ser apetecivel quer a vendedores (particulares) quer a compradores (energéticas) houve subsidios, que ao não serem pagos na hora causaram o défice tarifário (ler "rendas excessivas") de que as energéticas atualmente recebem. Ou seja, em teoria é possível, e mesmo na prática é possível, mas não tenho a certeza que seja fácil calibrar isso (e duvido que soluções completamente de mercado resolvam o problema - pelo menos na Europa não resolveram).
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