Volta e meia lá temos de ouvir aquela frase estafada: “os portugueses são um povo que não se governa nem se deixa governar”, ou coisa que o valha, atribuída a um romano qualquer, referindo-se o homem provavelmente aos lusitanos, uma vez que o Afonso Henriques ainda não tinha nascido.
Não saberão estes sábios que existem frases do mesmo género em muitos outros países? Lamento, mas não somos assim tão especiais.
Dá-me impressão é que esta gente não se dá muito bem com a coexistência de diferentes ideias, visões, projectos e vontades sobre como se deve organizar o país – um dos sentidos de “polis” que vem dos gregos. E como, em cada comunidade ou sociedade, existem pessoas e grupos com diferentes perspectivas, é inevitável a luta pelo poder.
A isto chama-se política - no sentido que lhe dava, por exemplo, Max Weber - e, por isso, esqueçam lá o dito romano.
Pois claro. É como a saudade que muitos dizem ser sentimento exclusivo dos portugueses. O facto de outras culturas utilizarem apenas o termo nostalgia não lhes retira a capcidade de sentir saudade. Mas o que se há-de fazer se a nacional cagança impõe os seus ditames?!
ResponderEliminarÉ mesmo “nacional cagança”. Sobre a governabilidade, é célebre, por exemplo, aquela do De Gaulle sobre a dificuldade de governar um país que tem 300 e tais espécies de queijo. E estamos a falar da França, que foi uma referência durante muito tempo para muita gente em Portugal.
ResponderEliminarJulio Cesar e o nome do romano que lhe escapa.
ResponderEliminarE um bocado como a conversa de treta sobre os feriados nacionais ou a teoria dos "solavancos" proposta pelo seu colega escriba neste blogue, o professor Karamba mais precisamente. Mas como e colega de blogue, a coisa pia mais fininho, e, portanto, uma teoria visionaria.
Mas nao se atrapalhe comigo, aprecio muito e tal e coiso.