Durante o fim-de-semana recolhi os ingredientes necessários em dois supermercados (o primeiro não tinha toucinho) e lá fiz a minha feijoada no Domingo à tarde. Como fiz dose industrial, comprometi-me a fornecer o jantar à família da minha vizinha, que é a minha família de apoio durante a pandemia. Atrasei-me um bocado e só ficou pronto às 18:10, logo a mãe dela já tinha comido. Também estava com receio que a mãe comesse feijoada ao jantar porque é um prato pesado e ela está tão fraca e mais para lá do que para cá. Achei mais aconselhável que o prato fosse consumido durante o almoço de hoje.
Foi um sucesso: ao almoço comeu duas doses (feijoada com arroz branco, à boa maneira portuguesa) e ao jantar voltou a comer dado o sucesso do meio-dia e apesar das minhas reticências. Achei engraçado que um prato tão tipicamente potuguês lhe agradasse tanto, especialmente numa altura em que já tem tanta dificuldade em comer e beber. Não só acaba com fluídos nos pulmões, como muitas vezes recusa comida. Comprometi-me a fazer uma sopa para amanhã: vou meter carne de vaca, toucinho, batata, cenoura, nabo, e couve. Bem sei que é uma sopa inventada, mas é um bom veículo para ela consumir proteína e líquidos. E por lá gostam muito das minhas sopas.
Também tens a versão alentejana que é grão à campaniço que acho muito melhor do que o rancho.
ResponderEliminarSó conheci rancho já adulta na minha sogra e também sempre achei esquisito misturar grão com massa (ela não põe batata). É isso e comer arroz doce como sobremesa de refeição. Para mim arroz doce é lanche que a minha avó (da beira baixa) fazia para os netos todos quando passávamos lá o verão, e tirava-se do frigorífico. Só mais tarde me deparei (outra vez, na sogra) com hábito de ser sobremesa, ainda por cima morno. Que sentido faz almoçar arroz ou esparguete ou batata com bife e depois acamar com mais arroz à sobremesa? Às vezes também há a versão "arroz doce" com esparguete (aletria) e essa então é abominável, quando esfria parece gelatina com minhocas 😅.
De qualquer modo, eu tenho uma receita de arroz doce (de uma prima minha de Foz Côa) que tem uns segredos e que é sempre considerado o melhor arroz doce.
(Feliz Natal!)
A minha avó materna fazia um arroz doce que era considerado muito bom: versão de Coimbra, para ser cortado à fatia, e que era oferecido pelas noivas quando se casavam. Ela chegou a fazer o arroz para as noivas oferecerem. Eu não sei fazer assim e até preferia a parte de lamber as cascas do limão quando estava ainda morno. Agora já não posso comer arroz, dado que o meu sistema imunitário reage.
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