Como talvez saibam, não tenho filhos. Houve muitas razões para não ter, mas uma delas era um medo terrível que sofressem ou que causassem mal a alguém. É ilógico, bem sei, mas muitas vezes acontece uma desgraça e a primeira coisa que sinto ao saber dela é um enorme alívio por não ter filhos.
Esta semana houve o tiroteio numa escola em S. Paulo no Brasil e, para mim, que vivos nos EUA, não é anormal abrir as notícias e saber de um tiroteio, mas senti uma imensa pena. Tenho uma amiga brasileira que está grávida e quando soube da notícia pensei imediatamente nela, nas vítimas, e nas suas famílias.
Há dois dias houve uma notícia que me deu um resquício de esperança que talvez as coisas melhorem. O Tribunal Supremo do Connecticut produziu uma sentença em que permite às vítimas do tiroteio de Sandy Hook e suas famílias processar as empresas que produzem armas. Apesar de haver uma protecção federal destas empresas, o tribunal concluiu que as suas técnicas de marketing não estavam abrangidas por esta protecção.
Depois acordei na Sexta-feira, e vi a dimensão do tiroteio na Nova Zelandia. Senti tristeza pelas vítimas e alívio por não ter filhos.
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