A Coreia do Sul testa 10 mil pessoas por dia e parece ser o país que tem mais controle sob a situação, mas o vírus está tão espalhado pelo planeta que as coisas estão bastante feias. Por exemplo, o SARS, por ser um vírus que provocava sintomas mais violentos e não era contagioso logo no início, foi controlado mais rapidamente e só causou pouco mais de 8 mil casos. O MERS desde 2012 apenas causou cerca de 2500 casos em todo o mundo.
Há quem ache que se está a exagerar porque nas pandemias anteriores mais recentes não acabou por morrer muita gente. Nos últimos 100 anos, os humanos têm sido bastante eficazes a aumentar a sua sobrevivência e a desenvolver tratamentos que reduzem a mortalidade. Mas não pensem que isto dura para sempre.
Uma população envelhecida não é tão resistente e, para além disso, haver muita gente que sobrevive não quer dizer que todos são fortes. Os virus e bactérias evoluem muito mais rapidamente do que nós; para além disso, sabemos da história, que é muito mais longa do que uma vida humans, que o normal é haver pandemias de vez em quando. Como diz o povo, tantas vezes o cântaro vai à fonte, que um dia lá fica a asa.
Aqui ficam algumas fontes que são bastante informativas:
- Uma entrevista do Fresh Air, emitida em 5 de Fevereiro, acerca de onde vêm estes vírus e da sua maior frequência.
- Uma app da Johns Hopkins que acompanha a contagem de vítimas
- Uma peça da revista Time sobre a estratégia falhada dos EUA
- Uma lição de história acerca da gripe de 1918 e de como a corrupção na cidade de Philadelphia contribuiu para piorar a situação
- Uma entrevista no programa Science Friday a dois investigadores de virus
- Uma entrevista a um epidemiologista de Harvard, que tem projecções bastante assustadoras
- Uma entrevista do NYT sobre a matemática de contágio
- A peça de opinião do Ricardo Reis sobre os erros que as pessoas cometem ao interpretar probabilidades
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