Em 1940, a Alemanha, numa ofensiva rápida, ocupou grande parte da Europa. Em 9 de Abril, a Dinamarca e a Noruega, em 15 de Maio a Holanda, a 28 de Maio a Bélgica e a 22 de Junho a França. Os nazis, ao contrário dos seus planos iniciais, não conseguiram a colaboração das autoridades locais, tendo alguns dirigentes fugido para Londres. De qualquer maneira, os nazis nunca enfrentaram grande resistência. Por exemplo, na Dinamarca bastaram 200 militares e funcionários alemães para controlar o país e na Holanda 800. A França, depois de uma derrota humilhante ao fim de apenas seis semanas de combate – tendo ficado evidente a colossal incompetência das suas chefias militares -, assinou um armistício e o marechal Pétain, ironicamente um herói da I Grande Guerra, liderou o regime colaboracionista de Vichy, tão apreciado, diga-se de passagem, por Salazar. Nem a resistência (insignificante) liderada por De Gaulle a partir de Londres consegue apagar estes factos humilhantes e embaraçosos para a França e os franceses.
Moral da história? Na hora da verdade, estes países seguem as ordens dos alemães sem hesitações. Esta deferência, como se pode verificar todos os dias, continua em larga medida a existir.
"Não podemos contar com eles"
ResponderEliminarEles, quem?
Os alemães ou os outros 26 pusilânimes lideres?
Com todos, ou melhor, com ninguém.
ResponderEliminarBem, se formos por aí, realmente há um país da UE que, primeiro, derrotou a invasão italiana (pronto, também não era grande adversário) e onde, depois disso, a resistência (nos intervalos em que não se estavam a matar uns aos outros) mais ou menos expulsou o exército alemão.
ResponderEliminarO Madeira tem razão: os gregos deram cabo dos italianos e limparam o sebo aos nazis. Isto só lá vai a tiro de caçadeira...
ResponderEliminarna Dinamarca o rei pôs a máquina a funcionar sem resistência apenas simbólica como usar a estrela de david quando passeava a cavalo
ResponderEliminarna noruega houve resistência durante meses até aos britânicos retirarem o corpo expedicionário e as munições aos milhares de soldados noruegueses
que de esqui ou sem esqui fizeram guerrilha durante anos no norte...de resto a destruição da única fábrica de água pesada é obra da resistência norueguesa
o nº de quislings foi baixo...apesar do pessoal rural de Narvik a Stavanger ser mais racista que a média dos alemães e suecos...
A frança combateu de 10 de Maio a 22 de Junho são 6 semanas...e um dia
Salazar desconfiava ainda mais de Pétain do que de Franco
(apesar de franco ter feito um plano de como conquistar portugal sem fazer muita força quando era oficial no RIft)
Moral da histéria a Alemanha foi o país mais retalhado e sofredor em todas as guerras eurropeias
até na guerra dos 100 anos forneceu mercenários do palatinado aos de Borgonha..
um país feito de retalhos que esteve na mó de baixo tantos séculos como os italianos e que tal como eles foi economicamente colonizado por todas as potências eurropeias desde Carlos V
foi sempre considerado um corpo estranho e bárbaro na civilizada eurropa
uma nação assis tem sempre um dominion muy brevis....
há sempre uma armada britânica ou um Luís XIV a passar-lhe os filhos a fio de espada com a ajuda dos compadres católicos ou dos huguenotes suecos
logo beija milhó sua histéria
quessa da unibersidade do minhoca parece livro de historiador chinoca
AnónimoApr 11, 2012 07:51 AM
ResponderEliminaró irmão o irmão consegue correr com o avental e a caçadeira na mão?
o irmão deve ser o manel alegre
isto de caçador simão nobre e com loja
só se for marquês e tiver pombal
O banda in Barbar tem, como é evidente, razão em pelo menos um ponto: os franceses deram luta aos alemães durante seis semanas, e não três, como, por lapso, referi inicialmente no meu post. Já corrigi. Obrigado. Já agora, mais dois pomenores: a Alemanha (e a Itália), como Estado, só existe desde 1871 e não há séculos como parece dar a entender o Banda in Barbar; O Salazar desconfiava do Pétain como desconfiava de toda a gente.
EliminarHum...., há aí erro ou lapso do grosso:
ResponderEliminarNa invasão da Dinamarca morreram 200 soldados alemães e a rendição deu-se duas horas depois da invasão. Mas foram 40.000 os atacantes (1)
Quanto à Holanda não sei de onde tirou esses 800 soldados, pois que na verdade foram um bocadinho mais: 750.000.... (2)
(1) http://da.wikipedia.org/wiki/Invasionen_af_Danmark_i_1940
(2) http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_the_Netherlands
Quanto a «regime colaboracionista de Vichy, tão apreciado, diga-se de passagem, por Salazar» diga-se, também de passagem que foi o inverso: Pétain é que tinha admiração por Salazar e em quase tudo o copiou.
Quanto ás humilhações francesas, é verdade. Há 300 anos que não tem uma vitória militar.
No meu post, não me referia à invasão mas sim à ocupação. Bastaram, de facto, 200 militares e funcionários alemães na Dinamarca para controlar o país - pelo menos, até 1943 quando começou a surgir alguma resistência digna de registo. O mesmo para a Holanda. Isto quer dizer que havia uma aceitação ou, pelo menos, resignação à ocupação nazi. Alguns dirigentes locais fugiram, mas os alemães encontraram facilmente nazis indígenas para os substituirem nalguns postos chaves de comanddo.
ResponderEliminarA ideia da grande admiração de Pétain por Salazar é mais resultado da propaganda (salazarista) do que dos factos. Salazar reconheceu o regime de Vichy até ao último momento,ou seja, até 19 de Agosto de 1944 quando Pétain foi forçado a fugir para os braços dos alemães (Paris cairia a 25 de Agosto).
A França não tem uma vitória há 200 anos e não "há 300 anos" - desde Napoleão