Nos primeiros meses de 1945, no
meio de um inverno rigoroso, milhões de alemães tentavam desesperadamente não
cair nas mãos dos bolcheviques. O pânico era enorme, sobretudo depois das primeiras amostras
de atrocidades, impensáveis mesmo nas noites mais escuras, cometidas pelos
russos à medida que avançavam em direcção a Berlim. A sede de vingança dos
bolcheviques era insaciável. As chefias exigiam que não se exibisse qualquer espécie
de piedade, relembrando com insistências o que os alemães haviam feito às
mulheres e aos filhos da Rússia.
“Tenho esperança num fim com
horror, em vez de um horror sem fim”, tornou-se naquela época uma frase comum
entre os alemães.
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