Muitas vezes, e os blogues são propícios a isso, digo exaltado coisas de que me arrependo depois. A quente, a minha reacção ao episódio do referendo foi achar que PedroPassos Coelho demonstrava não ter estatuto moral para ser primeiro-ministro. Logo, várias pessoas, em privado e em público, me disseram que era descabido o que tinha escrito.
Agora, mais a frio, e depois de pensar um pouco melhor, mantenho exactamente a mesma opinião. Andar a brincar com procedimentos parlamentares em assuntos que prejudicam directamente umas quantas crianças que não vêem as suas famílias de facto ser reconhecidas é execrável e desprezível. Com este episódio, Pedro Passos Coelho demonstra não ter estatuto moral para ser primeiro-ministro.
Adicionalmente, e indo à substância da questão, demonstra não ter dimensão política, cívica e humana ao defender políticas que são reprovadas pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, de que Portugal faz parte. A tralha salazarista e salazarenta que dominou Portugal durante 40 anos não está órfã.
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