Quando regressámos a casa e nos sentámos no jardim, ficou super-calmo, como se fosse um cão completamente diferente: veio para o meu colo e ficou sossegado enquanto eu conversava com a senhora. De vez em quando, ela olhavs para ele, meio-incrédula e sorria porque ele é bastante engraçado. Já lhe tinha explicado que o cão foi achado na rua e não sabemos a sua proveniência, mas não estava muito bem cuidado. Como ela tem experiência com cães abandonados, sugeriu que talvez este cão pertencesse a alguma rapariga que arranjou namorado e o cão não se deu bem com o namorado, logo ela abandonou o cão. E não é que é completamente plausível? Sempre que vem cá a casa um homem que parece estar interessado em mim, o Julian chega à perna dele e começa a montá-lo. Podia dizer que fico um bocado envergonhada, mas acho extremamente engraçado, só que não me posso rir à frente dos cavalheiros.
Perante a versão soft do Imperador Julian, a treinadora ficou mais animada e acha que vamos conseguir melhorar o seu comportamento. O meu trabalho de casa é treiná-lo a andar bem de trela dentro de casa, tem de andar ao pé dos meus pés, aprender a sentar-se em comando (ele já sabe sentar-se, mas não é muito consistente). Vou também comprar um spray de foromonas e vestir-lhe mais a camisola de trovoada. Para o ajudar a ficar sozinho sem ter acidentes (ele fica muito ansioso quando não está comigo), tenho de controlar o seu acesso a comida e água, que só deixo disponível por períodos de duas horas durante a manhã, o almoço, e o jantar. Esta é uma coisa que nunca tive problemas com os meu cães carlinos (pugs), pois esses comiam assim que a comida aterrava na taça, eu só tinha de a medir e dar a horas. O Julian gosta de comer quando lhe apetece, mas vai ter de mudar. Tudo isto vai ser conseguido à custa de muitas guloseimas. Que vida de cão, esta...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não são permitidos comentários anónimos.