Quando em Setembro de 1999 cheguei a Londres para fazer o doutoramento, uma das primeiras questões que coloquei à secretária do Birkbeck College foi se me podia dar o calendário com os feriados que iríamos ter até ao Natal: precisava de planear as viagens a Portugal. Mas na Inglaterra, até ao Natal o número de feriados era ZERO! Para um português isso era muito estranho: entre o fim do verão e o Natal temos o 5 de Outubro, o 1 de Novembro, o 1 de Dezembro e o 8 de Dezembro. Como ontem lembrava o Vasco Pulido Valente no Público, nenhum destes 4 feriados tem justificação que não seja dar mais férias aos portugueses – ou ainda mais férias. No resto do ano temos mais 10 feriados, com muitas pontes. Um absurdo para um país que se queixa de ser pobre mas que tem muita dificuldade em mudar muitos dos fatores que contribuem para isso.
De todas as vezes que se fala em diminuir o número de feriados em Portugal levantam-se vozes desvalorizando o impacto no PIB. Nesses cálculos esquecem-se todavia de um efeito: efeito de ‘solavanco’ que os feriados causam no funcionamento das organizações. Confesso que para mim os feriados nunca contaram na definição da minha agenda – são quase sempre dias como os outros, mas com menos emails, sem reuniões e menos telefonemas (ou seja, até sou mais produtivo nesses dias). Mas com os cargos de gestão que tenho tido na universidade tenho sentido os feriados como um empecilho à resolução de problemas e à execução de algumas tarefas. Ou seja, os feriados são a maior parte das vezes um entrave para fazer andar as coisas para a frente. Nas empresas penso que o resultado será ainda bem mais negativo.
Com os dias de férias, feriados e pontes e tolerâncias que temos, trabalhar em vez de ser um hábito que devia ser interrompido pela benesse que devia ser o feriado, torna-se uma coisa má porque interrompe o descanso das pessoas. Acabar com feriados seria bem mais positivo do que aumentar o dia de trabalho em meia hora: eliminava o efeito 'solavanco' e garantia uma jornada de trabalho diária compatível com um modo de vida civilizado.
Nota: os meus filhos já me fizeram uns testes e dizem que eu fico classificado como workaholic. Mas eu também não defendo que toda a gente trabalhe as horas/ano que eu trabalho.
Compara-se a situacao Portuguesa com o pais da Europa com o menor numero de feriados.
ResponderEliminarEm vez de se comparar com a media Europeia ou, por exemplo com o paises do Norte Europeu, onde o numero de feriados e perfeitamente comparavel com o nosso, nao, nada disso, usa-se antes um exemplo extremo e excentrico ate, no contexto Europeu para puxar mais lustro, digamos assim ao argumento.
Isto, sem sequer ter de perder tempo a esmiucar a fragil base sustentoria em que reside este "efeito solavanco" sacadao da cartola argumentativa, qual coelhinho branco, sem base empirica, estudos comparativos, enfim... evidencia, uma qualquer fonte racional de termos de discussao para alem do pauperrimo "acho que". O mundo e o umbigo do escriba.
Chama-se a isto falacia do espantalho.
Chama-se a isto desonestidade intelectual.
E o pensamento economico que existe... "e a vida" diria o outro.
Nesse caso, para garantir esse 'modo de vida civilizado' (se se faz lá fora...) e para facilitar a execução dos seus 'cargos de gestão' deveria então defender a abolição do fim de semana e das férias. Se um dia de feriado causa tanto 'solavanco', imaginemos dois (!) dias de descanso TODAS as semanas; já nem se fala das semanas (!) de férias.
ResponderEliminarDa mesma forma que a produtividade não melhora por decreto, não irá melhorar por medidas avulsas que mexem no lado da equação que menos impacto terá (if any).
quantas semanas sem feriados existem em Portugal? isto é, quantas semanas com 5 dias de trabalho seguidos existem em Portugal? no calendário escolar universitário são poucas - a que neste caso se somam festas académicas.
ResponderEliminarOutros países poderão manter esse estilo de vida. Nós não podemos. Claro que o lowlander acho que podemos e que merecemos. Do pouco que conheço dele parece-me que ele acha todos os direitos são poucos e qualquer dever é uma chatice (um solavanco??). A vida cá fora é um bocado mais difícil do que a redoma em que o lowlander deve viver. Mas quando um dia sair de lá - e não deve tardar - vai ver como é. Se calhar até usa um nome a sério. Real.
Fernando,
ResponderEliminarEsqueceste-te, a meu ver, das institucionalizadíssimas pausas para o café (que eu entendo poderem servir de lubrificante para a socialização dos colegas de trabalho (e aqui não me refiro à vida dos professores, que desconhecem o conceito de "horário de trabalho", "feriado", e "fim-de-semana")).
Um sorriso!
Excelente, um dos teus melhores posts.
ResponderEliminarHonestamente não considero que sejam os feriados o principal problema de Portugal. Ainda assim considero que o encostar os feriados ao fim-de-semana é um passo importante devido a quebra no ritmo de trabalho que provocam. Não só devido ao factor psicológico do feriado em sí, mas porque numa empresa em que alguns colaboradores usam as férias para prolonhar ainda mais o feriado tem como consequência que se trabalhe abaixo da capacidade máxima e afecta a produtividade.
ResponderEliminarMas ainda assim o principal problema penso que esteja na gestão dos trabalhadores, ou melhor, na falta de gestão dos recursos humanos. Se os nossos emigrantes são conhecidos por serem bons trabalhadores então cá em Portugal não há razão para que tal não aconteça. Enquanto os patrões continuarem a ter, em média, menor escolaridade que os seus trabalhadores será difícial fazer uma boa gestão. Principalmente, dada a nossa tradição de que quem está nas chefias não aceita muito bem que os subordinados queiram "mandar"!
Li o post todo e, no final, acabei por não perceber em que consiste afinal esse efeito "solavanco".
ResponderEliminar"quantas semanas sem feriados existem em Portugal? isto é, quantas semanas com 5 dias de trabalho seguidos existem em Portugal?"
ResponderEliminar41 (o facto de os nossos feriados tenderem a acumular-se em clusters - Pascoa-25/4-1/5, 1/12-8/12-11/12 e 25/12-1/1 faz com que acabe por não haver assim tantas semanas com feriados)
Amanhã à tarde os funcionários públicos da Madeira (bem como os funcionário das empresas públicas) terão tolerância de ponto. É para poderem assistir à tomada de posse do novo governo regional da Madeira.
ResponderEliminarLA-C
Caro Miguel Madeira,
ResponderEliminaro solavanco resulta fundamentalmente de dois efeitos: por um lado, nas pontes muitos funcionários metem dias de férias, o que faz com que os serviços não funcionem nesses dias de forma plena. Suponho, por exemplo, que há trabalhadores complementares numa organização: se um faltar, o outro não vai poder produzir.
Por outro lado, a eficiência depende da continuidade dos trabalhos: trabalhar um dia, parar, recomeçar no dia seguinte, trabalhar dois dias, parar mais dois dias... Tirando tarefas básicas e de rotina, estes solavancos prejudicam ritmo que é necessário imprimir para que os trabalhos sejam feitos com eficiência. confesso que para mim este efeito deveria ser facilmente captado pelo senso comum de qualquer trabalhador.
Os alunos percebem isso quando começam a estudar depois de uma paragem, um atleta também, ... enfim qualquer pessoa que valoriza a eficiência no desempenho deve conseguir perceber isto. mas se calhar o nosso problema começa aí: não valorizar a eficiência, e por isso ela é tão baixa em Portugal.
Miguel nas 41 semanas estão uma parte das férias, não é verdade? De facto, mais de metade do ano terá semanas com 5 dias de trabalho seguidos. Eu de facto sou um exagerado, workaholic, queria dizer.
Ah! Brilhante! Soberbo! Ui, com essa e que me lixou!
ResponderEliminarEu e que vivo numa redoma (porque nao concordo consigo), claro claro... e nao tenho um nome serio, real etc e tal (engracado como este cisma surge, coincidencia por certo, com quem nao concorda consigo - se o aplaudir ja passo a ser mais real?) pois pois... e nao espero pela demora, qualquer dia ainda vou ver como a vida e dificil... bolas, que clarividencia que por aqui vai, uma teoria da treta MAIS uma leitura da minha sina no mesmo post? Estou impressionado! Duplamente, repare, le a sina sem sequer saber o meu nome! Voce e um prodigio! Os ciganos que se ponham a pau...
Entretanto... responder substantivamente e que esta quieto... e chato... deve ser do frio que faz por ai... fora da redoma.
PS
41 semanas, o que e perfeitamente em linha com a media europeia em particular do Norte da Europa - friso uma vez mais.
Corolario: os "solavancos" no resto da Europa do Norte, ou nao existem, ou a existirem, aumentam a eficiencia ao inves de a diminuir.
O comentário do Lowlander é pertinente.
ResponderEliminarO número anual de feriados na Alemanha varia entre 9 e 13 consoante os estados, sendo 12 e 13 em Baden-Wuerttemberg e Baviera, respectivamente (os estados mais ricos da Alemanha); em França há 14 feriados.
As férias na Alemanha e em França andam à volta dos 35 dias.
(em muitos casos, os alemães e os franceses costumam terminar o dia de trabalho mais cedo à sexta-feira)
É díficil explicar o diferencial na produtividade laboral entre Portugal e estes países com base em dias de férias, feriados, ou número de horas no trabalho. Aliás dada a fracas literacia e baixas habilitações médias dos trabalhadores e empregadores portugueses quando comparadas com os congéneres alemães e franceses seria de espantar que a explicação para o fosso entre os respectivos desempenhos económicos estivesse nesses detalhes.
Miguel
Miguel, não me parece que seja um detalhe. No ensino superior, eu noto bem a diferença entre os EUA e Portugal. Mas, claro, no ensino superior este efeito faz-se sentir ainda com mais força. Há os feriados (apenas um, penso eu não calha em época lectiva), há as tolerâncias de ponto e há as festas académicas. Este ano hei-de fazer essa contabilização, mas ou muito me engano em cerca de metade das semanas lectivas há uma interrupção por algum destes motivos.
ResponderEliminarQuanto a dizer que os feriados não explicam o diferencial de produtividade, estou de acordo. Mas quem disse o contrário?
sim Miguel, nos feriados somos parecidos com esses países...
ResponderEliminarcomo os níveis de educação vão demorar a convergir (sobretudo em qualidade), talvez fosse boa ideia olhar para outras variáveis. O nº de feriados em Portugal é absurdo. mas é uma opção do nosso país em relação ao tempo que quer dedicar ao trabalho e a resolver problemas e o tempo que qer dedicar ao descanso.
Na instituição em que trabalho, para resolver os problemas que identifico, gostava de ter mais tempo. Mas concedo que há muita gente que vive bem com esses problemas, e com os dias de descanso que tem. É o que acontece com o Miguel e o autor do 1º comentário.
LAC,
ResponderEliminarAponta-se a pobreza de dados empiricos que apoiam as assercoes do leitor de sinas neste post e respondem da triste forma cima exposta - isto e, uma nao-resposta.
Apontam-vos numeros que claramente - claramente - indicam que pior que uma pobreza de evidencia empirica, aquela que existe, depois de analisada com um minimo de honestidade, sugere fortemente que as assercoes sao radicalmente falsas. O melhor que tem para responder:
1 - Isto e um factor significativo asseguram, mas porque? Porque? Onde estao os estudos comparativos? Os dados empiricos verificaveis? Onde?
"Miguel, não me parece que seja um detalhe."
E que nao se consegue espremer mais nem de si nem do leitor de sinas: experiencia pessoal (voltamos outra vez ao pauperrimo "acho que" versao "parece que"!).
2 - Misturar conceitos e criar (deliberadamente ou nao) confusao nos termos da discussao - comecamos por bater nos feriados porque claramente temos feriados a mais... nao temos? entao nesse caso o problema afinal sao as pontes, tolerancias de ponto e festas academicas.
"Quanto a dizer que os feriados não explicam o diferencial de produtividade, estou de acordo. Mas quem disse o contrário?"
Pergunta irrelevante e falaciosa, puro ruido retorico:
- Primeiro em resposta ao Miguel responde, especificamente que "nao lhe parece" que isto seja um detalhe, ou seja, tem impacto no diferencial de produtividade e este e, nao so nao negligenciavel como ate significativo.
- Num segundo passo (pormenor importante, depois do poder atributivo desse factor no fenomeno do diferencial de produtivo ser seriamente posto em cause) atribui aos outros posicoes que nao foram, em rigor, defendidas, como se estivessemos aqui simplesmente a discutir se feriados explicam, NA TOTALIDADE, o diferencial de produtividade ou nao.
Resumindo:
O que ha nao interessa, e o que interessa nao ha!
Exmo Prof Karamba,
ResponderEliminarTem toda a razao, o nr de feriados absurdamente elevado e quem nao veja isso, como eu, o Miguel, a media Europeia, numeros ou pessoal em geral, digamos assim, que nao concorde consigo somos manifestamente uma cambada de preguicosos acomodados!
Voce faz-me lembrar o Indiana Jones jovem quando se separou do grupo de escuteiros:
"Everybody's lost but me!"
Lowlander, era o que mais faltava que cada post que aqui é escrito tivesse de ter fundamentação empírica e teórica e tudo o que tu queres. Então não podemos falar da nossa experiência pessoal? Então, em resposta a um comentário, não posso dizer o que me parece ou que acho? Tenho de ir fazer uma investigação aturada na literatura científica para fundamentar empiricamente um comentário num blogue?
ResponderEliminarTem paciência, mas um blogue não é uma revista de ensaios científicos. Está mais próximo de uma conversa de café entre pessoas educadas do que de uma revista científica.
Regra geral, como sabes, aprecio bastante os teus comentários. Acho-os, na maioria das vezes, pertinentes e certeiros, e escritos de forma provocatória e irónica como gosto. Mas parece-me que exageraste, desta vez. Logo no teu primeiro comentário acabas com acusações de desonestidade intelectual a uma das pessoas por quem, precisamente, mais apreço intelectual tenho. Torna-se difícil responder aos teus comentários neste tom.
eu volto ao mesmo ponto: acho que perceber que um número elevado de feriados, que interrompem a semana normal (5 dias) de trabalho, são prejudiciais à produção e à produtividade é uma questão de senso comum.
ResponderEliminarLAC, imagina que escrevias os teus papers só nos dias úteis do nosso calendário. É evidente que a tua produção de papers diminuía. Mas não achas que mesmo a tua produção por dia (produtividade) diminuía? Uma regra que o Richard Felder me ensinou foi que a produtividade na investigação depende da continuidade: mesmo tendo outras tarefas temos de tentar pelo menos olhar para os nossos papers todos os dias, porque é a única forma de eles terem sempre um espaço no nosso cérebro. Um erro crasso na investigação é pensar que podemos dedicar um período só a dar aulas, outro a tarefas administrativas e outro à investigação.
A minha experiência na gestão da EEG mostra-me que os feriados quebram a sequência das tarefas definidas para os serviços. Poderia teorizar um pouco mais sobre isso, mas tenho um paper para acabar!
Para mim nem é tanto o suporte empírico, é mais a lógica. Espero que a apliquem melhor quando escrevem os vossos “papers“. :-)
ResponderEliminarNo meu tempo de estudante no IST, a malta estudava e trabalhava durante os fins de semana e feriados, ora essa. Não me recordo de folgas por causa das festas académicas (para o pessoal administrativo, a sério?).
Essa das folgas servirem para o Fernando e seus amigos trabalharem aturadamente e para todos os outros mandriarem pode dar jeito para desabafos no café e fazer bem ao pelo – mas como argumento é fraquito.
Não nego que ao Fernando desse jeito ter o pessoal administrativo disponível (exageremos um pouco :-) 24/24 7 dias por semana. A questão é se isso será uma
expectativa razoável. Não me parece. A minha experiência na Alemanha e França demonstraram-me que a organização e a execução eficiente das tarefas académicas são compatíveis com o calendário actual que, por acaso, é semelhante ao português. Suponho que não estarei a ser demasiado temerário se generalizar para os países do Norte da Europa que parecem compatibilizar feriados e períodos de férias generosos com elevada produtividade e qualidade. Se, mesmo assim, me garante que lhe dava muitíssimo jeito ter o pessoal disponível nos feriados para conseguir dar vazão às tarefas, é possível que precise de melhorar a sua disciplina e o seu método. Pode ser que o problema não sejam os outros, nem as condições, nem o sistema.
Convém também apontar as limitações dos exemplos apresentados. O nível de exigência para com os docentes/investigadores e estudantes universitários tem de ser, pela própria natureza da sua actividade, superior e distinta da que se aplica a outros trabalhadores – no caso, ao pessoal administrativo. Vêm associadas também outras regalias como uma maior flexibilidade no horário de trabalho e repare o Fernando que, durante boa parte do ano, pode gerir as suas actividades com enorme liberdade – algo que não se aplica à “sua“ secretária. Você tem, de facto, à sua disposição um elevado número de graus de liberdades para apurar a eficiência nas suas várias tarefas – muitos mais do que a “sua“ secretária. A minha sugestão é simples. Em vez de atribuir as culpas a terceiros, aproveite-os.
Miguel
Uma nota pessoal - no meu caso os feriados aumentam a minha produtividade, já que a quantidade de trabalho que eu tenho que produzir num mês é fixa; logo, quanto menos dias trabalhar, mais produzo em cada dia.
ResponderEliminarSe um feriado a meio da semana reduz a produtividade - no meu caso especifico nunca notei, mas o meu trabalho consiste em a) tarefas rotineiras que demoram muito tempo a ser feitas; e b) tarefas complicadas que se fazem depressa (no máximo um dia ou dois), pelo que é natural que em nenhum dos casos a interrupção faça mossa. Se eu tivesse muitas tarefas complicadas que levam vários dias a serem feitas, talvez a minha opinião fosse diferente.
Vou só dar mais uma achega, desta vez quasi-empírica e num assunto relacionado. Quando se calcula a taxa de crescimento do PIB homóloga, ou a taxa de crescimento homóloga da Produção Industrial para um dado mês ou dado trimestre entre dois anos, em muitos países é feita uma correcção estatística com base no número de dias úteis desses períodos. Isto implica, obviamente, que se considera que o número de dias úteis afecta os dados de forma suficientemente relevante para merecer esta correcção.
ResponderEliminarDevo dizer que tal não é feito pelo INE para Portugal, tanto quanto sei, e que, inclusivamente, há 4 ou 5 anos eu me voluntariei junto de alguém do INE para estimar a fórmula que permitisse fazer essa correcção. Não houve seguimento.
O que esquecem é que os países nórdicos obtiveram os benefícios depois dos ganhos de produtividade serem conquistados. O drama do nosso país é que quer todos os direitos dos 'ricos' antes de ser rico....
ResponderEliminarMiguel Madeira,
ResponderEliminaracima referi que para tarefas rotineiras o prejuízo dos feriados para a produtividade não seria significativo.
Just because you are a Birkbeckian do you think you know better than the rest of us ? Shut up and bugger off !!
ResponderEliminarmanuel.m
Foi preciso um post "contra o excesso de feriados" para haver estes comentários todos?!?
ResponderEliminarEnough said.
E cheira-me que a única razão para o post do salário mínimo não ter tantos comentários é nenhum dos leitores do blog efectivamente o auferir.
ResponderEliminar"Tem paciência, mas um blogue não é uma revista de ensaios científicos. Está mais próximo de uma conversa de café entre pessoas educadas do que de uma revista científica."
ResponderEliminarConcordo em absoluto.
Mas uma conversa educada entre gente que respeita os outros intelectualmente, num cafe ou ate numa tasca, seria expectavel, alias, exigivel por qualquer pessoa razoavel, que as assercoes sejam acompanhadas de justificacoes racionais (baseada em dados fidedignos e sem falacias) e de forma honesta.
Justificar como aqui se fez sem dados, mudando ou misturando conceitos e usando dados deturpados intencionalmente (nao acredito por exemplo, que o uso do Reino Unido em vez de, por exemplo a Alemanha ou a Suecia ou a Franca ou a Holanda tenha sido inocente) e desonestidade intelectual, nao gostam da acusacao? Nao argumentem assim.
Acima de tudo nao facam invectivas infantis sobre o meu nome ou pateticos juizos de valor acerca da grau de dificuldade presente ou futuro da minha vida - se isto e de facto como uma conversa de cafe, e mais uma vez repito, concordo consigo, e precisamente isso que os blogues na realidade sao, entao comportem-se em conformidade - Pergunto: e assim que se conversa nos cafes que frequentam?
kordny, ja' nao vivo em Portugal ha' mais de dez anos, nem planeio regressar. tas satisfeito, pa'?
ResponderEliminarMiguel
Miguel, tanto quanto sei parece-me um leitor e comentador assíduo do blog...mas como diz a minha avó, a carapuça só enfia a quem lhe serve.
ResponderEliminarFernando,
ResponderEliminarcom uma aritmetica simples podemos demonstrar que a diferenca entre o numero de feriados em Portugal e Inglaterra em 2001 foi de apenas 1 dia. Em 2011 ha 14 dias de feriado em Portugal, dos quais 4 calham ao fim-de-semana. Em Inglaterra existem 9 dias de feriado nacionais por ano e, como sabes, neste pais os feriado sao sempre movidos para as segundas-feiras. Nao me parece por isso que a reducao do numero de feriados nacionais em Portugal aproxime a produtividade dos portugueses a produtividade dos ingleses (ha excecao do mes de Dezembro, possivelmente...)
Quanto as horas de trabalho: em Portugal nao trabalhar mais horas dos que as acordadas no contrato e' visto como falta de dedicacao e empenho, enquanto que em Inglaterra e' razao para questionar se a a carga de trabalho dada ao trabalhador e' adequada.
Um terceiro ponto que gostaria de comentar tem que ver com os mencionados 'cafezinhos'. E em relacao a isto devo dizer que se os portugueses tomassem em media tantos cafezinhos quanto os ingleses tomam 'a cup of tea' entao seriam precisos mais feriados para fazer baixar os niveis de tensao arterial.
Comentario 'a parte, obrigada pelo blog e pelos interessantissimos posts.
peco desculpa pela falta de acentos e cedilhas, mas e' mais uma das coisas que os portugueses tem e que falta aos ingleses)
Cecilia