Para o dia de exames de hoje, o Ministério da Educação convocou todos os professores. O que quer dizer que por cada professor-vigilante havia cerca de 9 substitutos. É mais ou menos como se uma equipa de futebol tivesse um plantel de 110 jogadores para poder fazer 99 substituições durante um jogo. De manhã, no facebook, escrevi que se depois desta convocatória mais de metade dos exames não se realizassem, então estaríamos perante uma monumental derrota deste governo.
Os números finais já são conhecidos. Cerca de 30% dos alunos não fazerem exame, quando foram convocados 1000% dos professores necessários, é uma derrota para o ministério. Não é uma derrota monumental, mas é uma derrota clamorosa. Estes resultados só são possíveis com uma adesão brutal, na casa dos 90% ou mais. Que eu saiba, é uma adesão sem precedentes entre professores.
Estes números são ainda mais impressionantes se tivermos em conta as condições caóticas em que milhares de alunos fizeram os exames. Desde exames feitos em cantinas e ginásios, a exames vigiados por pessoal não docente, passando por exames que se realizaram graças à presença da polícia (chamada para expulsar alunos que se manifestavam nas escolas e nas salas de exame).
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