Há muita coisa para escrever, mas não há nada. Continua a falar-se em recessão. Falava-se antes do shutdown, depois não tanto, mas agora outra vez. Não há dados completos da economia americana e quando o governo voltar a funcionar a 100% irá levar algum tempo até se conseguir recolher os dados outra vez. Isto se conseguirem mão-de-obra para o serviço porque muitas das pessoas que fazem esse trabalho de recolha são trabalhadores em part-time e essas pessoas não vão ficar à espera indefinidamente que o governo termine o shutdown.
Talvez há coisa de uns dois meses, disse a um colega meu que o S&P 500 ia descer para os 2500, o que aconteceu há algumas semanas; o mínimo foi à volta de 2350 na véspera de Natal. Agora está acima de 2630 e os analistas técnicos acham que já bateu o fundo. Os últimos dois anos foram passados na expectativa de que a nova administração iria ser boa para o negócio por causa dos cortes de impostos e da flexibilização da legislação.
O dinheiro da redução de impostos não só não foi gasto em investimento, como foi usado para compra das próprias acções pelas empresas, ou seja, apreciou o mercado sem haver razão fundamental para tal. E a redução das receitas dos impostos não foi compensada com uma redução na despesa; em vez disso houve aumento da despesa e da dívida pública, o que contribui para o aumento das taxas de juro e redução do investimento privado.
É óbvio que a economia não bateu o fundo e agora vamos ver se a bolsa se aguenta quando começarem a vir as más notícias. A minha nova previsão é que o S&P vai descer abaixo dos 2000. O colega acha um exagero, isso seria uma queda enorme, já está mais do que corrigido.
Mas irá ser divertido porque a Europa não está preparada para uma economia americana em recessão.
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