No Domingo, com o propósito de ir à procura de um livro de poesia para a minha colecção de Everyman's Library Pocket Poets, fui ao Barnes and Noble, uma rede de livrarias americana. Eu e as livrarias é um perigo porque saí de lá com mais de $100 exercendo extrema contenção e depois de já ter comprado uns quatro livros este mês. Bem sei, bem sei, que o pior é quando mudo de casa.
Dei uma vista de olhos nas revistas de culinária, talvez porque tenha saudades de encontrar a Donna Hay Magazine à venda, e quase que nem encontrei revistas de culinária. Quando me sinto nostálgica, vou ao eBay procurar edições antigas da Donna Hay, que eu ainda não tenha. O primeiro número que comprei numa livraria foi o número 12, mas já consegui adquirir números anteriores em segunda mão. Devo ter uns 50 números em papel, pelo menos.
A certa altura achei que o melhor era assinar a revista digitalmente, o que fiz durante alguns anos, mas depois da app ser cancelada só fiquei com os números que estavam em memória no meu iPad antigo e como a Apple está sempre a apagar o iPad cada vez que há uma actualização, perdi alguns. Fiquei completamente desiludida com este modelo de consumo de revistas. Devia escrever aos australianos, pois a Donna Hay é australiana, a queixar-me deste despropósito.
Por falar em australianos, no trabalho, decidi enviar um email ao ABARES, que é o Ministério da Agricultura da Austrália. Preenchi o formulário na página de Internet e enviaram-me um email a dizer que num prazo de 10 dias me responderiam. Hoje recebi a resposta, mas quase que já me tinha esquecido que lhes tinha escrito. Ao Dept. of Agriculture americano, mando um email à paesoa em questão, porque metem o email e telefone das pessoas indicadas nas páginas de Internet e nos relatórios, e respondem-me no próprio dia ou no dia seguinte.
Há uns meses, enviei-lhes uma mensagem da parte da tarde e o analista respondeu-me logo a desfazer-se em desculpas porque estava a caminho da China e não me podia atender, mas ia encaminhar o meu email para outra pessoa que me pudesse ajudar. Ao outro dia o outro fulano respondeu. Isto de trabalhar nos EUA estraga-nos para o resto do mundo...
Adiante, então no Barnes and Noble, andei, andei à procura de revistas que me interessassem e nada me cheirou. Mas depois de muito olhar, eis que aparece uma revista sobre Portugal: uma Lodestar Anthology de Portugal, com o Porto na capa. Olé, o que é uma antologia de Portugal, perguntam? É uma revista sobre turismo em Portugal, obviamente. Ora, porreiro, porque eu também faço colecção dessas. Por exemplo, tenho uma em francês que eu comprei numa livraria muito catita na baixa de Denver, no Colorado, para aí há uns 9 anos.
Comprei a antologia de Portugal. (A propósito, aqui há uns anos havia uma revista super-gira que eu assinava chamada Anthology. Tinha um design espectacular, era muito interessante, e acho que só me falta um ou dois números, mas tenho o número em que visitaram Portugal.) Depois pensei que devia ter comprado duas antologias de Portugal porque conheço uma especialista de turismo em Portugal a quem lhe pode interessar este tomo. Estou a ver que terei de regressar ao Barnes and Noble brevemente.
Ainda não li a revista, mas há uma coisa que quero partilhar: a antologia de Portugal não tem Coimbra. Não julgo que seja falha dos editores da revista; é falha do Presidente da Câmara de Coimbra, que dá o seu melhor para enterrar a cidade. Um bem haja pela bela merda que faz.
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