O ex-presidente da universidade onde ensino confessou uma vez que, quando estava no Instituto de Tecnologia do Massachussets, a mãe lhe tinha implorado que fizesse pelo menos uma disciplina de história. O jovem e brilhante economista retorquiu petulantemente que estava mais interessado no futuro do que no passado. Com o tempo descobriu que era uma preferência ilusória. Não existe futuro, existem futuros. É certo que existem múltiplas interpretações da história, nenhuma delas definitiva, mas só existe um passado. E embora o passado seja algo de terminado, há duas razões que o tornam indispensável para compreendermos o que estamos a vivenciar e o que nos espera amanhã e depois. A primeira é que a população mundial é aproximadamente 7% de todos os seres humanos que já viveram. Por outras palavras, há mais mortos do que vivos, catorze para um, e é perigoso ignorarmos a experiencia acumulada de uma maioria tão grande da humanidade. Segundo, o passado é a nossa única fonte de conhecimento verdadeiramente fiável sobre o presente fugaz e sobre os múltiplos futuros que temos pela frente, dos quais somente um se concretizará.
Niall Ferguson, Civilização - O Ocidente e os outros
7%?
ResponderEliminarNem 0,07%.