Na semana passada fomos brindados com notícias de que o PSD era um partido xenófobo. Parece que Pedro Passos Coelho fez um discurso à moda dele -- mal pensado -- em que associou refugiados e terrorismo. Toda a gente que tenha frequentado aulas de econometria devia saber que correlação não implica causalidade, mas enfim...
Portugal tem uma taxa de retenção de refugiados extremamente baixa: desde final de 2015 até Abril de 2017, entraram 1306 refugiados de guerra em Portugal e 555 saíram. Quando o governo publicou os dados, o Bloco de Esquerda e o PSD pediram uma investigação para averiguar as causas do problema. É difícil de acreditar que um partido xenófobo fizesse tal pedido, mas talvez seja como eu digo: o PSD é um partido acima de tudo incompetente e até o é em ser xenófobo. Coitados...
Agora, falta averiguar a competência dos portugueses. Como é que um partido como o PS é visto como o epítome da moralidade e do progresso social em Portugal? Este partido nunca elegeu uma líder mulher, nem se vislumbra tal feito num futuro próximo. Elegeu José Sócrates para líder partidário várias vezes, nunca se distanciou do homem; pelo contrário, ainda o homenageou estando ele sob investigação. Esta semana vem uma tal de Graça Fonseca dizer que decidiu apenas agora sair do armário e anunciar publicamente que é lésbica. Se o PS é tão acolhedor e progressivo, porquê só agora o anúncio e por que razão é isto um acto de coragem?
O LA-C perguntava se o PSD conseguiria descer ainda mais e a resposta é sim, claramente -- estamos a assistir a um processo de reversão à média e basta ver o nível do PS.
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