O PIB português cresceu 1,6% relativamente ao terceiro trimestre de 2015, que foi quando a Geringonça esteve de férias. Ora, eu não vos tinha dito que precisávamos que a Geringonça se calasse o mais depressa possível?
Mas esta taxa de crescimento é muito fraquita dado o contexto: a dívida também aumentou e, se houve estímulo fiscal, não parece que tenha tido grande expressão na economia. Em Setembro também houve um pico do crédito pessoal, o que enfraquece ainda mais a asserção de que isto é obra do estímulo. Ou seja, se este crescimento foi só de turismo, para que é que o governo andou a estimular a economia?
Rita, mas o governo não andou (mesmo) a estimular a economia (através da injecção de capital circulante). Andou a FALAR que ia estimular a economia (na campanha eleitoral), mas não o fez na realidade (a única coisa que fez foi alterar a composição dos impostos, trocando normalmente diretos por indiretos - o que beneficiou alguns e prejudicou outros). Pelo que é difícil dizer "para que é que o governo andou a estimular a economia", pois (por opção própria ou mais provavelmente por imposição do BCE) não andou.
ResponderEliminarPois, o que correu mal, o abaixamento do crescimento (que se vinha a notar nas exportações desde Agosto de 2015), é culpa deste governo.
ResponderEliminarO que parece estar agora a correr um pouco menos mal (ainda assim, 1,6% é uma miséria: igualzinha a 1,6% de crescimento do anterior governo, mas muito melhor do que 3 anos de recessão) deve-se ao facto de o governo não ter existido.
Estou perfeitamente elucidado.
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P. S. Outra curiosidade da nossa comentadorice recente (desde Novembro e 2015, a anterior era muito condescendente com o poder): as coisas começaram a correm mal (como se vinha a notar nas exportações desde Agosto de 2015) por culpa do susto que este governo pregou aos investidores (coitadinhos, são muito dados a sustos).
Portanto, o investimento é como os refrigerantes com gás, tira-se a tampa a a espuma cresce, cresce, cresce.
Que tristeza... a nossa comentadorice!
Não, Rita, quem lhe disse fui eu. Não era você que estranhava que a diminuição do desemprego não se estava a reflectir no crescimento? Não lhe disse que tarde ou cedo esse resultado teria que aparecer? Aí está. Para acompanhar a leitura daquilo que os profetas da desgraça que ocupam 80% da comunicação social e blogosfera nacionais escreveram durante o último ano.
ResponderEliminarA sua argumentação não bate certo. Se o país cresceu por causa da descida do desemprego durante a época do ano em que mais portugueses tiram férias, então o que fazem essas pessoas quando não estão de férias? O país devia crescer ainda mais.
EliminarO país não cresceu só pela descida do desemprego. Mas também. Que raio de economia é essa que não espera que um empregado consuma mais do que um desempregado. http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/comercio/detalhe/vendas_a_retalho_em_portugal_cresceram_acima_da_media_da_ue
ResponderEliminarEstou convencido que o país cresceria mais ainda se não estivesse infestado de aves agoirentas entretidas a esconder boas, notícias e a fabricar más onde estas não existem.
O país cresceu (ainda miseravelmente, como tem feito desde há 20 anos), não por efeitos do investimento mas por efeitos do maior uso da capacidade produtiva instalada, que absorveu um pouco mais de desempregados.
ResponderEliminarE tinha decrescido conjunturalmente (a partir de Agosto de 2015) por causa de a Autoeuropa (que representa 1,7% do PIB) ter reduzido a produção em 50% (ficou só com um turno e enviou muitos trabalhadores para as fábricas do Grupo em Espanha e na Alemanha), por causa da avaria na maior exportadora portuguesa (a Refinaria da Galp), por causa do fim da construção do Túnel do Marão (com reflexos também na redução do investimento, era o maior investimento público), por causa da diminuição da procura dos nossos produtos em, principalmente, em 5 mercados exportação: China; Angola; Alemanha; Brasil; EUA.
Portanto, o arrefecimento não e deveu ao actual governo assim como o crescimento (ténue) também não: a nossa economia vive assente sobre uma fina camada de gelo, muito frágil, muitos factores a podem perturbar independentemente da vontade e acções dos governos.